Alguém tem vontade
De visitar a Chácara
Santa Maria, porém,
Mas para vir, passa
Perto do Cemitério,
E teme por lá passar.
Qual saída pro medo
Não evitar vir visitar?
Ora, na minha ideia,
É fácil perder o medo
De alguém vir visitar,
Não há não, segredo
Que possa deixá-lo
Em dúvida, só basta
Avisar o dia em que
Quer vir à Chácara
Santa Maria, que eu
Buscarei, pois não
Temo não, Cemitério.
Meus pais e irmão
Moram para sempre
Nesse Cemitério sim,
Se você vier comigo,
Eles não acharão ruim,
Porque são cônscios
Que você é um amigo.
Afinal de contas, seus
Pais eram conhecidos
De meus pais e irmão.
Então, não faz medo
Você vir comigo.
Ora, eu já percebo
Que num Cemitério
Todos são amigos
E estão todos juntos,
Até rivais e inimigos.
Então, com certeza,
Ninguém de lá vai
Mexer contigo não,
O meu irmão e pais,
Lhe conheceram sim.
Afinal de contas são
Ainda seus parentes.
Ora, não fazem não,
Nenhum medo a ti.
Espero que meus pais
E irmão que lá estão,
Lhe deixarão em paz.
Pois você é um amigo
Do Poeta Mário Querino,
Que nasceu e cresceu
No cantinho nordestino,
E vive com essa Mulher
Que cuida desta vida
Neste bom pé de serra,
E a Mulher é D. Marisa.
Então, ninguém vai
Sair desse Cemitério
Para lhe dizer algo,
Pois todos são sérios.
Ora, não há maldade
No coração deles não,
Seja criança, jovem
Ou até mesmo ancião.
Se você nunca esteve
Num lugar tão seguro,
O Cemitério é um sim,
Ninguém tem orgulho,
Nem briga por coisa
Alguma da Terra,
Sobretudo do Distrito,
Meu bom pé de serra.
Lá ninguém é melhor
Do que ninguém não,
Lá não tem classe alta,
Media ou pobretão.
Você quer conhecer
Um recinto de gente
Boa? Vá ao Cemitério,
Todos já são cientes
Que sempre aparece
Um amigo que deixou
A empáfia entre vivos
Para ficar sem rancor.
Ora, venha sem medo
Visitar a Chácara Santa
Maria, pois o Cemitério
Tem uma boa tranca
E não vai sair ninguém
Para mexer com você.
Porém, se tem medo,
Mande sim, me dizer
O dia em que quer vir
Visitar eu e D. Marisa.
Certamente ficaremos
Muito felizes da vida.
Mário Querino – Poeta de Deus
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