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Perambulando pelas ruas
Entre jovens e adultos,
Sem calçado e roupa suja
E morando em viadutos.
Sempre pedindo o pão
E as pessoas negando,
Vai vivendo no mundo
Infeliz e fome passando.
Não tem nome reconhecido
Nem pela família sua,
Todo mundo lhe chama
De Menino de Rua.
Que mundo é este amigo,
De tanta desigualdade?
Enquanto uns têm fartura,
Outros passam necessidade.
Enquanto uns são felizes,
Outros são injustiçados,
Uns tudo podem fazer
E outros são castigados.
O fim de todos é igual,
Não queira ser o melhor,
O menino não tem ninguém
E você não tem dó.
Deus vê a sua injustiça
Para crescer o seu nome,
Você fica mais nobre
E o menino passa fome.
Lá vai o Menino de Rua
Sem ter onde morar,
Sujo, descalço e com fome
E você não procura ajudá-lo
Mário Querino – Poeta de Deus
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