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Prezado Presidente sindical,
Utilizando este tempo especial
Para então me justificar.
Eu queria ir à reunião,
Mas vi que era competição
E por isso não fui lá.
Eu não gosto de competir,
Os títulos que já recebi,
São frutos do que eu faço.
Não vou ter um privilégio,
Isso eu aprendi no colégio
E não em algum Sindicato.
É óbvio, que sou associado,
Mas não vivo interessado
Para condenar meus amigos.
Voltando o meu passado,
Eu era um escravizado
E não assim tão favorecido.
E quem vivia nesse poder?
Agora o Senhor deve saber.
Então isso vai me adiantar?
Lidava de segunda a domingo,
Nem a Igreja eu estava indo.
O Senhor tentou me ajudar?
Por que agora sou medroso,
Como diz este meu povo?
Preparei-me para ir à reunião,
Contudo foi desmarcada,
Por causa de uma cavalgada
Que visou uma competição.
Com medo eu não estou,
Mas procuro me dar valor
Dentro dos meus direitos.
Nunca gostei de protestar,
Gosto de paz e anunciá-la
Para viver bem satisfeito.
Não gosto de abuso do poder,
Quem tiver, o mesmo vai fazer,
Assim como o Senhor já fez.
O Senhor procurou me ajudar,
Quando o Senhor estava lá?
Quantas férias eu gozei?
Quantos feriados eu recebi?
Até o dia em que não pude ir
Por causa de meu casamento,
Que foi realizado na Capela,
E só fiquei dentro dela
Porque paguei esse tempo.
E quem estava no poder?
Agora, é preciso lhe dizer?
Por que não fazia justiça?
Não era ainda conhecedor?
Hoje o poder desmoronou
E o Senhor preocupado fica.
Já era assim este meu país
E protestar eu nunca quis.
Agora vou semear contenda
Com a liberdade que tenho,
Que sempre vou e venho?
Então, o Senhor me entenda.
Mário Querino – Poeta de Deus
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