Pesquisada no Google |
Eu estava no labor
E um estudante me pediu:
“Poeta Mário, por favor,
Faça uma poesia gentil!”
Como não posso falhar
E negar uma solicitação,
Quis ao estudante passar
Uma excelente lição:
Agora estou trabalhando
Não dá para fazer,
O Professor está ensinando
E vá para a sala aprender.
Pensei que o estudante
Tivesse achado ruim,
Mas com o olhar brilhante
Replicou bem assim:
“Obrigado Mário Querino,
Por esta linda poesia!”
Depois saiu sorrindo
Com prazer e muita alegria.
Então eu pensei assim:
As minhas palavras são
Boas até no tempo ruim,
E pensando em bofetão
Aprece-me lindo sorriso.
Dá-me a entender bem
Que para o mundo preciso
Passar esta alegria também.
Então não há palavra
Considerada dura,
Ela pode ser usada
Contra a nossa cultura.
Por exemplo, “desgraça”
É uma palavra feia e triste,
Mas falando com graça,
A desgraça aqui existe.
E a Justiça não condenará,
Por ter falado “desgraça”.
O mundo pode contemplar
A grande falta da graça.
Toda palavra tem sentido,
Nós que devemos usá-la bem,
Para não deixar ferido
E perder o bom siso também.
Toda palavra há no Dicionário,
Se alguma ainda não existir,
Porque seu uso do dia-a-dia
Alguém procurou reduzir
Ou quis então aumentar.
Mas tudo que se pronuncia
Podemos registrar
Numa modesta poesia.
Que pode ser importante
Para um pequeno Colégio
Que ensina estudantes
Valorizar seu privilégio.
Não acho palavra feia,
Só existe mal expressada,
Ao falar da vida alheia
A palavra fica engraçada.
Quando há uma briga,
A palavra perde o valor,
Fica muito constrangida
Ao sair da boca do falador.
Quando há uma pregação
A palavra é resplandecente,
Comove bem o coração
Do Pregador e da gente.
Quando a palavra é gritada
Humilha muito as pessoas,
Sai da boca desorganizada
E a sua intenção não é boa.
Mário Querino – Poeta de Deus
Nenhum comentário:
Postar um comentário