Poeta Mário Querino 01/08/2017 |
Nesta noite eu sonhei
Que tinha ido ao Rio
Aipim,
E lá contente eu pesquei.
Este sonho lembra a mim
O tempo de eu criança,
Quando eu ia pescar
Com fé e esperança
De muitas piabas pegar.
Então quando eu tinha
De doze a quinze anos,
Na adolescência minha
Neste cantinho baiano,
Eu e os Nens da Dadá,
Saíamos pescando
Rio afora pra lá e para cá,
Muitas piabas pegando.
Descíamos com mochilas
Do Rio da Ponte à Laginha,
Ou subíamos ao Rio do Bila,
Pegando nossas piabas.
Era tempo em que o rio
Tinha toda a serventia,
Corria com prazer e brio
Para a nossa alegria.
Notei o Poço dos Homens
Que havia uma fundura
E ainda o notório nome.
Hoje, a gente lhe procura,
Mas somente na memória,
Porque o homem destruiu
E não registrou a história
Para a geração que surgiu.
Não tenho uma fotografia,
Pois só via uma máquina
Quando alguém trazia
E nos entornava de graça.
Então o sonho que tive
Faz-me escrever poesia
E como sou Poeta livre,
Faço e divulgo com alegria.
Na verdade, no sonho
Eu pesquei duas piabas,
E agora me proponho
Citar às pessoas amadas,
Mostrar a estratégia sim
Para a piaba ficar segura
No anzol no Rio Aipim.
Não ofereci muita fartura,
Apenas dei o necessário,
Pra que elas não ficassem
Fartas nesse exato horário
Em que eu estão pescasse.
Pois na minha concepção,
Quando um ser vivo está
De barriga cheia de pão,
Importância nenhuma dá
A quem está com fome.
Na verdade, estava cheio
O famoso Poço dos Homens,
Porém, hoje é algo alheio
Para os bananeirenses
E amigos que nos visitam.
Portanto, pare e pense
Nesta história já escrita.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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