sexta-feira, 4 de agosto de 2017

SONHO DO POETA MÁRIO QUERINO FAZ COM QUE ELE VEJA A RIQUEZA, O PODER E O LUXO PERDER O SEU VALOR

Poeta Mário Querino 04/08/2017


Nesta noite eu sonhei,
Fiquei muito pensativo
Quando eu me acordei,
Mas não via um motivo


Para eu descrever sim
O sonho que tive hoje,
Não interessa a mim,
Mas o Poeta não pôde


Mais dormir sossegado.
Pois Deus lhe deu dom
De redigir e é obrigado
Descrever o que é bom.


Então eu estava na casa
Dos meus velhos pais,
Mas eles não moravam,
Por não existirem mais.


Daí me chegou alguém
Que era sim um viciado
No que não faz bem,
Queria ficar ali abrigado.


E ao sairmos na porta,
Aproveitei a ocasião,
Disse: Ó não importa
Ficares aqui no portão,


Mas não podes entrar,
E fui fechando o portão.    
O viciado fixou o olhar
Mas não desistiu não,


Entrou e ficou na casa.
Então pensei: E agora?
Não posso fazer nada,
Deixo-o e vou embora.


Daí atravessei a praça
E na R. Cesário Coelho,
Onde eu tenho a graça
De não ser um alheio,


Encontrei umas moças,
Bonitas e bem elegantes,
Mas com ar de loucas,
É claro, insignificantes.


Porque não davam não,
Nenhuma importância
A sua postura no sertão,
Não tinham esperança.


Pois tudo que possuíam
No pé de serra perdeu
O sentido e a sua alegria,
Não servia o carro seu,


Não tinha valor o dinheiro,
Todo o seu luxo não atrai
Ao seu bom companheiro,
O qual lhe amava demais.


E eu, ao voltar para casa
Não encontrei ninguém,
Porque a casa já estava
Abandonada também.


Olhei tudo que eu deixei
E vi que tudo estava sim
No devido lugar, achei
Que não tinha mais valor


Carteira de documentos
E do dinheiro também.
É correr atrás do vento,
Deixar de usufruir bem


Pra juntar riqueza ilícita
E confiscada também
Pelos homens da Justiça
Que investigam bem,


Mas na hora da decisão,
Não sei o que acontece,
Poucos vão à prisão
E a nação enlouquece.


Este poder que existe
No planeta Terra,
Deixa as nações tristes,
Vejo neste pé de serra.


Uns acham que é arte
Poética este meu texto,
Uns não veem destaque
E já outros têm apreço.


Eu que escrevo sei bem,
Por incrível que pareça,
Estas palavras não vêm
Da minha própria cabeça.


Eu vi tudo num sonho,
Fiz um resumo de tudo
E agora já me proponho
Revelar após um estudos.

Mário Querino – Poeta de Deus        



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