Rua São José - Distrito de Bananeiras 09/08/2017 |
Como hoje é um dia
Propício para lembrar
Dos pais que tiveram
Privilégio de morar
Neste amado Distrito,
Até o dia em que Deus
Lhes determinou voltar
Ao pó os corpos seus,
Já faço comentário sim
Poético e sentimental.
Não estou reclamando
Do processo principal
Que uma vida passa
Ao surgir até ao morrer,
O corpo voltar ao pó,
E a alma Deus receber.
Claro, com a condição,
Se praticar a justiça.
Caso, ao contrário,
O Poeta nada explica.
Pois ele é dependente
De Deus pra conseguir
Um lugarzinho no Céu,
E jamais julgará aqui,
Se alguém vai ou não
Morar no Céu com Deus.
Sei de mim que ralo
Para obter o lugar meu,
Sem visar lugar de outro.
Eu tendo um lugar assim
Como tenho nesta vida,
Será muito bom pra mim.
Não mereço vida melhor
Da que eu tenho aqui.
Ora, se no Céu eu tiver
Um cantinho para existir
Eternamente como vivo
No Distrito de Bananeiras,
Já me deixa satisfeito
Glorificando a vida inteira.
Às vezes fico indagando:
Senhor, mereço ser feliz
Tanto assim como sou
Neste cantinho do país?
Qual é a resposta que eu
Agora devo obter?
Claro, não há melhor
Do que: “Por saber viver,
Ter paciência em tudo,
Esperar o tempo de Deus,
Por necessitar de um pão
E não pegar do irmão seu,
Mas procurar trabalhar.
Por que se preocupar
Com algo que é ilícito,
Se nem vai precisar?”
Este é um dos motivos
De eu ser feliz no
Distrito,
Eu como só para viver
E não pra ser bem visto
Como o melhor na Terra.
Pois a própria Terra vai
Me transformar em pó,
Como demudou meus pais.
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