Poeta Mário Querino 23/03/2018 |
Quando Deus fez o mundo
E deu uma forma à terra,
Claro, com amor profundo
Me projetou no pé de serra.
Depois de bilhões de anos
Resolveu me dar a vida
Neste cantinho baiano
Aonde sempre minha lida
Satisfaz sim ao coração.
É óbvio, não vivo aqui
Usufruindo de tudo não,
Por ser limitado e sentir
Na alma e no espírito
Que este meu corpo
Não ficará no Distrito,
E eu não sou um louco
Para colocar na mente
Que devo ser o melhor.
Eu sei que certamente,
Voltarei sem nada ao pó.
Do que me adiantaria
Eu pisar num e noutro
Para poder ter regalia
E logo eu ser um morto,
E em quem mais pisei
Ficar nesta terra amada
Com o que eu conquistei,
Ainda dando gargalhadas?
No meu ponto de vista,
Não tem coisa melhor
Do que ter a vida lícita,
Ciente que voltarei ao pó.
Como já cônscio de tudo,
Não sou nenhum besta,
Para fazer grande estudo
E após não usar a cabeça,
Achar que sou melhor
Que os meus irmãos
Que vivem sim ao redor
Cumprindo a sua missão.
Na verdade, seria louco,
Se eu vivesse diferente,
Se eu fosse sim por outro
Que se acha inteligente,
E sabido. Contudo, só
Que não se dá conta
Que, ainda sendo melhor,
A Morte vem e apronta
Para lhe levar sem nada.
E quem ficar aqui vivo,
Viverá dando gargalhadas,
Por lucrar sem ter sofrido
Nem se preocupado não.
Por isso não sou besta,
Para investir na Educação
E trazer na minha cabeça
Essa tamanha ignorância,
Aplicar algo demasiado,
Falar com essa arrogância
E se achando exaltado.
Realmente, não é justo
Usar mão sobre a cabeça
De quem vive bruto
E fazendo mal no Planeta.
Agora, abusar do poder,
De fato, é ser muito besta,
Porque logo vai morrer
Sem fazer falta no Planeta.
Mário Querino – Poeta de Deus
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