Hoje, ainda cedo cheguei
No Colégio, onde trabalho,
E uma árvore encontrei
Fora do seu bom atalho.
Quer dizer, caída no chão.
Daí eu fiz uma perícia,
Vi que não foi arrancada,
O vento culpado não fica.
Notei tintim por tintim
E vi as folhas murchas,
Claro, a chuva diz assim:
“Não tenho essa culpa,
Pois quando ela caiu
Não estava no Distrito,
É óbvio, ninguém viu
Eu fazendo tudo isso.”
E eu como um analista,
Descartarei essa ideia.
Pois o vento hoje fica
Triste diante a plateia,
E a chuva que acha sim,
Um embuste contra ela.
Então, para dar um fim,
Na hora não vi jeito dela
Neste importante jardim.
Como não sou um besta
Pra ficar sofrendo assim,
Tiro hipóteses da cabeça.
Porque não há mais jeito,
Agora vou plantar outra
Pra suprir, com respeito
Das pessoas que pouca
Importância dão sim
As maravilhosas plantas
Do nosso bom jardim
Que muito nos encanta.
A árvore caiu no chão,
Agora vai ser queimada.
Ela já cumpriu a missão,
Não faremos mais nada.
Vejo gente lamentando,
Pois a árvore se acabou.
Mas no cantinho baiano
Nenhuma água lhe jogou.
Agora, depois de morta
Nossa árvore do jardim,
Que não mais importa,
Façam tintim por tintim
Algo bom pelas outras
Que ainda estão vivas.
Pra que muitas ou poucas
Lágrimas perdidas,
Por uma árvore que não
Teve a atenção merecida
De muitos cristãos
Que lamentam pela vida
Da árvore que se acabou,
Deixando grande vazio
No Poeta que a plantou
Com júbilo e muito brio?
Agora, pedras brancas
Ficam no seu bom lugar
Para trazer lembranças
De quem veio enfeitar
O nosso especial jardim.
Ao cumprir a sua missão,
Claro, tintim por tintim,
Se esvanece deste chão.
Muitos anos ela viveu
Embelezando o jardim.
E já permitido por Deus,
Pereceu desse jeito sim.
Alguém pode até indagar:
“E a causa da sua morte?”
O que eu pude ressalvar,
Foi um sopapo bem forte.
Entendo que ela cumpriu
Sua maravilhosa missão.
Ela sempre me viu,
Eu dando-lhe boa atenção.
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