Alguém me perguntou:
“Por que não saber
O dia em que a morte
Vem?” Aí, responder
O que? Antes indago:
E o que então faria
Se soubesse que ela
Viria neste bom dia?
Alguém coçou o nariz
E com riso disfarçado
Falou: “Compraria sim
Um carro novo fiado,
Após iria curtir a vida,
Até a hora dela chegar.
Depois a loja perdoaria
E os filhos iriam ficar
Com o carro novinho.”
Daí respondi o indago
Assim: Para o homem
Viver aqui enganado,
Indouto de seu porvir.
Pois se o homem fosse
Consciente do futuro,
Com a ideia que trouxe
Para ele pensar, falar
E agir neste Planeta,
A coisa não seria boa,
Ele teria na sua cabeça
A convicção que a vida
Do próximo seria nada
Diante do homem sábio
Ou de vida afortunada.
Se o homem nada sabe
Do seu futuro, pensa
Tão orgulhoso assim,
E tendo a consciência
Do que sucedesse aqui
Durante os dias de vida?
Deus fez o homem sim
De uma forma sabida,
Mas lhe deixou limitado
Para que ele tenha sim,
Altos e baixos nesta vida.
Pense, fale e aja até o fim,
Porém, nunca ele saberá
O seu tempo de morrer.
Se soubesse, faria tudo
De errado, com o saber
Que antes dele morrer
Poderia pedir o perdão
E a sua alma ficar isenta
Do delito contra irmãos.
Daí então, não teria não,
Necessidade de Inferno.
Pois todos teriam tempo
De pedir ao Pai Eterno
Perdão, caso, soubessem
O dia em que viria a morte.
Algo que não é visto aqui,
Não queira só por ter dote,
Saber. Pois o que Deus
Não deixou aqui revelado,
Ninguém vai saber senão
Ele. O mais é papo furado,
É busca de lucro para viver
Melhor e abusar do poder
Que este mundo oferece
Para enganar eu e você.
Mário Querino – Poeta de Deus
Poeta Mário Querino 31/03/2018 |
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