SOU FELIZ E CONTENTE POR QUE VIVO PARA MIM

Poeta Mário Querino 06/03/2018

Alguém perguntou assim:

“O que fazer para eu viver

Bem sem acharem ruim

A minha maneira de ser?”

Respondi: A melhor forma

De uma pessoa viver feliz,

É cumprir as normas

Que recebe de um País,

Estado e Município sim.

Você pode até indagar:

“Se não gostar de mim?”

Replicarei: Tente tolerar,

Ora, dentro dos direitos.

Ao contrário, tente evitar

Um diálogo insatisfeito,

Que venha incomodar.

E ao chegar num lugar,

Vigie constantemente,

Porque você vai escutar

Palavras insignificantes,

Claro, são essas palavras

Que deixam intolerante.

É melhor não falar nada

E procurar ficar distante.

Não por um repúdio não,

Mas para você viver bem,

Sem alimentar o coração

Com algo que não convém.

Que convenha a outros,

Mas hoje, você deve viver

Conforme o seu gosto,

Pois você nunca vai fazer

Os gostos de amigos seus,

De colegas ou de chefe,

De patrão e nem de Deus,

E se tentar enlouquece.

Então viva como você

Se acha bem na Terra.

Assim vive com prazer

O Poeta do pé de serra.

Quem não for comigo,

Nada eu poderei fazer,

Não ficarei constrangido

Não agradando o querer.

Se todos fossem agradar

A mim, na Terra não teria

Violência, ódio, mal-estar,

Corrupção e até a regalia

Para poucos irmãos

E trabalho muito forçoso

Para o resto da nação

Que faz labor desgostoso

Sem boa remuneração,

Por causa do dinheiro

Concentrado nas mãos

De poucos brasileiros

E de poucos ser humanos

De uma forma ilícita.

Faço no cantinho baiano

O que a alma feliz fica,

E o espírito se satisfaz,

O que a minha vida

Encontra muita paz,

O que nesta terra querida

Eu possa viver bem.

Então, jamais vou querer

Tentar agradar alguém,

Não tenho esse poder.

A minha mente funciona

Totalmente diferente,

Sei que muitos zombam,

Mas sou feliz e contente

Por que vivo para mim.

Se gostar do meu jeito,

Jamais eu acharei ruim,

E se estiver insatisfeito,

Nada eu posso fazer,

A não ser, tolerar,

Ou procurar entender

Por que vim incomodar.

Mas se eu incomodo,

Não posso mudar não,

Nem com tudo concordo

No cantinho do sertão.

Nem obrigo ninguém

A concordar comigo.

Se tenho direitos, têm

Os outros seres vivos.

Mário Querino – Poeta de Deus