Alguém me perguntou:
“O que adveio de ruim
Neste dia na sua vida?”
O indago dirigido a mim
Faz eu dar uma resposta
Que todo mundo achará
Não significante assim,
Mas sou obrigado a dar
Para mostrar o poder
Do Senhor meu Deus.
Porque ontem a noite
Entrou no corpo meu
A gripe, a ponto de eu
Não ir hoje ao trabalho.
Pois me levantei tonto,
Meus passos no atalho
Ficaram ziguezagueando,
A cabeça já querendo
Explodir, olhos já maus,
Meu nariz já escorrendo
E nada me trazia prazer.
D. Maria José avisou
Que eu não podia não,
Trabalhar. O vice-diretor
Atendeu sim ao pedido
De D. Maria José.
Passei a manhã deitado,
Porém, Jesus de Nazaré
Me içou. Vim ao Escritório
Depois das 13 horas,
Falei com Deus, orando
E já estou melhor agora.
Se estivesse de manhã,
Como eu estou agora,
Não teria ficado alheio,
Quer dizer, fora...
Porque nesta hora
Já estou muito bem,
Deus já expulsa a gripe
Que desde ontem tem
Me deixado esquisito.
Como eu não convidei
Pra ficar no meu corpo,
Ela se intrometeu, e dei
Chance, ora, inocente.
Eu não sabia que seria
Deste jeito esquisito,
Mas já volta a alegria.
Agora só existe vestígio
Dessa condenada gripe.
Não deveria vir a mim,
Pois não trabalho triste
Pra ter Atestado Médico.
Sinceramente, fico mais
Doente sem fazer nada
Do que a gripe que faz
Impedir eu fazer algo.
Desta vez a cama ficou
Dando gargalhadas,
Porque não me largou.
Porém, eu me levantei
E Deus dá ânimo a mim,
Amanhã, irei trabalhar
Se o processo for assim.
Mário Querino – Poeta de Deus
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