Quando eu ia ao trabalho,
Bem perto do meu setor,
Ainda na Rua são José,
Me deu uma grande dor
Aqui dentro do meu peito.
Encontrei uma Professora
E confessei a minha dor,
Ela como uma orientadora
Avisou: “Cuidado, estão aí
Os vis acontecimentos.”
Então, eu lhe respondi:
Pode ser um sentimento.
Daí, quando eu cheguei
No setor de trabalho, eu vi
Mais uma árvore caída
No chão, a dor que senti.
E esta dor não terá não,
Uma cura nunca mais.
Já tem mais de 15 anos
Que zelo com amor e paz
Deste pequeno jardim.
E nunca tinha acontecido
Uma destruição desta,
Claro, sempre foi mexido,
Mas as árvores tinham
Paz, e não eram mortas
Assim antes do tempo.
Já matam porque gostam
E querem ver esse jardim
Extinto desse Colégio.
Mais de 15 anos já existe,
Para os de fora é
privilégio.
Porém, nada posso fazer,
A não ser sofrer esta dor
Por estas plantas mortas
Que alguém assim matou
Sem ter uma necessidade.
De fato, ainda restarão
Algumas para me contar
A história da minha mão
De obra que já tem sim,
Mais de 15 anos,
Que zelo desse ambiente
Neste cantinho baiano.
Claro, já estou ficando
Cônscio de tudo isso. (1 Rs 21.1-7)
Lembrei-me do rei Acabe,
E também daquele Sítio
Que era do pobre Nabote,
E o rei almejou a possuir.
Como Nabote não cedeu,
O rei começou a sentir
Uma profunda depressão.
Hoje em dia, eu já estou
Me contentando bem,
E não vale a pena o labor
Que eu tenho nos dias
Feriado, sábado e domingo
Neste ambiente público.
Agora, o Mário Querino,
Já começa sim a pensar
Completamente diferente.
Então, espero em Deus,
Tranquilizo minha mente
Para não ficar sofrendo,
Porque não vale a pena
Derramar o meu suor
E após só ter problemas.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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| Poeta Mário Querino 09/05/2018 |
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