Poeta Mário Querino 23/05/2018 |
Alguém me perguntou:
“O Diabo gosta de fazer
O que?” O coração ficou
Aferindo para responder
E meu intelecto recebeu
Uma mensagem boa,
É claro, vinda de Deus,
Para eu passar à pessoa
Que perguntou assim:
“O Diabo gosta de fazer
O que?” Que resposta,
Boa ou ruim a oferecer?
Primeiro, falei: Não tem
Nenhuma resposta esta
Indagação, e a vida vem
Mostrando a coisa certa.
Para eu saber sim, o que
O Diabo mais gosta
De comentar e fazer,
Eu não tenho resposta.
Por que não sou amigo
Dele, nem pretendo ser.
Claro, tenho respondido
Perguntas, com prazer,
Mas para saber o gosto
De alguém é preciso
Eu ter sim, e não pouco
Um convívio de amigos,
E amigos muito íntimos.
Como eu não pretendo
Ser seu amigo, não sinto
Nem estou querendo
Saber de nada do Diabo.
Tenho muito o que fazer,
Meu intelecto é ocupado,
Não há vaga pra esse ser.
Entre os meus 56 anos
De idade, eu já respondi
Feliz no cantinho baiano...
Às vezes não convenci,
Porém, já teve resposta.
Agora, sobre esse cara,
Eu fecho todas as portas
E nada aqui lhe declara
O coração e o intelecto.
Então, eu não respondo
Nem visando o sucesso
Ou a vida de mordomo.
Inquira-me o que quiser,
Menos sobre esse cara.
Eu não sei como ele é,
Se há, não ouço sua fala.
E se alguém quiser falar
Sobre ele, fale, a boca
Pode falar sem poupar
Citações sábias e loucas.
Mas ouve quem quiser
E aprende quem gostar.
Como Jesus de Nazaré,
Comigo sempre está,
Não há nenhum motivo
De eu perder o tempo
Sim, dando ouvidos
Sem um embasamento.
Então o que o Diabo
Gota de fazer, não cabe
A mim, ficarei calado,
Meu intelecto não sabe
Nada sobre esse cara.
E não procura saber.
Se alguém dele fala,
Bem ou mal, é prazer,
A sua boca está aberta
Para falar o que quiser,
Porém, eu, como Poeta,
Louvo a Jesus de Nazaré.
Mário Querino – Poeta e Deus
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