Poeta Mário Querino 18/08/2019 |
Hoje, parei e comecei
A pensar nesta vida.
Claro, percebi algo
E vi que a minha lida
Vale a pena ser assim.
Pois agora sou ciente
Sim que, como a vela
Num vento, a gente
Está na mão da Morte.
E não há coisa melhor
Do que lidar cônscio
E ter o pão pelo suor
Saído de nosso corpo.
Por que Deus falou
Que o homem deve
Lidar. Pois inventou
Ficar um conhecedor
Do bem e do mal.
Agora, deve assumir
Os efeitos, é normal.
Então devo viver aqui
O hoje, como se fosse
O último dia da vida
Que Deus me trouxe
Para eu contemplar
A obra de suas mãos.
Mas já sendo ciente
Que tudo é ilusão,
Quando cogitar assim:
“Tenho isso e aquilo,
Sou melhor que todos,
E vivo aqui tranquilo,
Não preciso de nada
Para me fazer ditoso
Mais do que já sou
Entre todo este povo.”
Acho isso uma tolice,
Por que a vida já está
Como a vela na palma
De uma mão a esperar
Um vento passar sim,
Suavemente e apagar.
Claro, não precisava
De nada, mas auferirá
O bom caixão, por ter
Uma grande carência.
Então, considero bocó,
Quando assim pensa.
Mas um homem sábio
É cônscio disso tudo,
Trabalha, faz o bem
E mergulha no estudo
Já consciente da vida
Que Deus dá na Terra,
Para viver seu tempo
Certo, no pé de serra
Ou em qualquer lugar
Deste nosso Planeta.
O homem que quer
Ser o melhor, é besta,
E não intui que a vida
Está sem sustentação
Como a vela abrasada
Na palma de uma mão.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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