sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

A DIGNIDADE DO SABER

Poeta Mário Querino 31/01/2020



Pedro era um cara
Rude, sem Diplomas,
E no Mar pescava
Enfrentando ondas.


Aparecem um Jovem
E se abeira ao Pedro,
Com Versos afetivos
E revelando segredos


De um bom Pescador.
Imagino, após diálogo,
O Jovem fez o convite,
“Segue-me, ou até logo!”


Daí, Pedro perguntou:
“Senhor, achas que eu
Ficarei bem Contigo
Neste mundo de Deus?


Não tenho Diplomas,
Para pregar bonito,
Não sou um civilizado,
E somente faço isso:


Pegar peixes e encarar
Também com medo
As ondas do Mar sim
Com fúria, e percebo


Que lidar com gente
É sim muito complexo,
Achas que eu terei
Entre o povo sucesso?”


Daí então, o Jovem já 
Rindo passou sua mão
Sobre o amigo Pedro,
Rodou com exultação


E depois falou assim:
“Deus deu Inteligência,
Eu te darei Sabedoria
E muita experiência.


A ponto de no porvir,
Alguém te sucederá
Com muito sucesso,
Na posição que estás.”


E Pedro largou tudo
Por Amor ao Jovem.
Com fé e satisfação,
Não deu não, bode.


Porque o Jovem era,
Sim amigo de Pedro,
E sempre dava a mão,
Mostrando segredos


De um bom Pescador.
Porém, não de peixes,
E sim, de almas aflitas,
Para que o mal rejeite.


Pedro já pagou micos,
Às vezes entre o povo,
Por confiar no Jovem
Que trazia Paz e Gozo


Em tudo que ele fazia
Ao lado de seu Mestre.
O problema de Pedro,
Grosseria. Ora, merece  


Ter chance sim, gente
Com determinação,
Ainda querendo fazer
Com as próprias mãos,


Melhor, com a força
E com a espada.
Porém o Jovem rindo,
Na cabeça dele botava


A sua mão poderosa
E repleta de graças,
Dizia: “Não é assim,
Ó Pedro, tudo passa,


Devemos fazer aqui
Somente a diferença,
E se tudo continuar,
Assim, vão nos seguir?”


Daí Pedro respondeu:
“Amigo, aumenta a Fé.”
O Jovem rindo disse:
“Ó Cara, calma, não é


Não, ainda necessário
Elevar a Fé no coração
De um amigo que está
Sob a minha proteção.


O Jovem já ensinando
A Tolerância e Caridade,
Falou um dos discípulos
Algo que, em verdade,


Ao ouvir: “Vimos certo
Homem que, em teu
Nome expele demônios
E lhe proibimos...” Deu


A conclusão que há
Uma concorrência
Entre pessoas até
Quem teve Excelência


Chance de andar feliz
Com o Jovem Sábio.
O discípulo concluiu
Seu raciocínio errado:


“Porque não segue
Conosco.” O Diabo
Sempre quis difamar 
O Homem que é sábio.


Então usa estratégias
De todas as formas,
Para esfriar o Amor
Obtido com normas.


O Jovem ouvindo diz:
“Não proibais; pois
Quem não é contra vós
Outros é por vós.” Pois


Já aprendendo Pedro,
Com seu bom Mestre,
Que paciente e rindo,
Disse que não carece


De nenhum Diploma
Para fazer as pessoas
Confiarem na Palavra,
E segui-La numa boa,


Com a Tolerância sim
E Caridade, sobretudo,
O bom Testemunho
Sendo franco em tudo,


Ainda em brincadeiras.
Pois os jovens gostam
De bater resenhas,
Pedro rígido, suporta,


Porque o Mestre era
Com ele para passar
A mão sobre a cabeça
E sorrindo falava:


“Não é assim, ó Pedro,
Tudo isso passa,
Faremos a diferença,
Somente isso basta.”


Daí Pedro ficou tão
Poderoso que disse
Para um paralítico
Que com fé e ledice


Pedia esmola a ele
E ao companheiro:
“Não temos ouro nem prata
(Quer dizer, pão e dinheiro),


Mas o que temos te
Damos: Levanta-se e vai!”
E logo o cara se levanta
Louvando a Deus, e sai.


Hoje, após 2.000 anos,
O nome de Pedro
Já é bem usado em
Homens famosos. Vejo


Que outros sucedem
Até a sua posição,
A fim de ganhar almas
E pela sua salvação.


Mas não deixa de ter
“Pedros” que fruem
Do seu famoso nome
E alargar o que possui.


No planeta Terra.
Claro, Pedro pescou
Num só dia quase 3.000
Almas para o Senhor.


Eu, Mário Querino,
Sendo Bacharel em
Teologia, em quase 58
Anos, até a minha tem


Dificuldade de entrar
Nas malhas presentes,
Por ficar presa sem
A Liberdade, já ciente


De viver julgando sim,
E sendo julgada.
O Jovem é para todos,
Ainda nas marmeladas


Que há neste planeta
Intitulado Terra,
Onde mora o Poeta,
No bom pé de serra.


Não sou diferente,
Sou a mesma Matéria,
Mas de outra forma,
E quem lhe dera


Ser um pouco melhor
Ao menos pisaria sim,
Em mim quando pó,
Se afirmaria até o fim,


Os demais não veriam
Você sofrer tanto,
Com as rugas no rosto
E seus cabelos brancos.


Não sou um pescador,
Só participo da Pesca,
Ao lado dos amigos
Que fazem essa Festa.


Mário Querino – Poeta de Deus    

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