Poeta Mário Querino 23/01/2020 |
Alguém já disse assim:
“Eu sou um cara ditoso,
Estou satisfeito da vida,
E contente com o povo.”
Porém, eu não acredito
Que um ser humano
Alcance conformidade
Neste cantinho baiano,
Ou em qualquer lugar
Do planeta Terra.
Pois eu já observando
Do meu pé de serra,
Me dá a entender tudo
Que ouço, cheiro, vejo,
Comento e o que faço
No cantinho sertanejo.
Agora, não quero tomar
O tempo de ninguém
Que com prazer acessa
E já me entende bem.
Porém, citarei exemplo:
O candidato a Vereador,
Contrata Cabo Eleitoral,
E ao ganhar lhe dá valor,
Ajeitando numa Função
De gabarito, a ponto
De ter reconhecimento
E ficar também pronto
Para competir a Eleição.
Daí então se candidata,
E fica rival do Vereador,
A ponto de ir à praça
Chamá-lo de corrupto.
E como tudo novo traz
Expectação nesta vida,
O povo lhe deixa capaz
De eliminar o Vereador
Que lhe deu a mão,
A ponto de tomar sim,
A sua sublime posição,
E se alia com o Prefeito.
Faz o seu laço medonho,
A ponto de ser melhor,
Pois já tem outro sonho,
Ser Prefeito Municipal.
Daí já volta cheio de gás
Para a mesma praça,
O Prefeito ficou pra trás,
Porque agora, já tomou
A Cadeira na Prefeitura,
De quem deu todo apoio
Para se ver nessa altura.
Mais 2 anos se passam
E já sonha ser Deputado,
Novamente vem à praça
E o Ex-vereador de lado
Somente ouvindo falar
Mal dele e do Ex-prefeito.
Mas o sonho não ficou
Parado, procurou jeito
E sonhou com algo mais,
Concorrer no Estado.
Como a insatisfação tem
Sonho, quer ser elevado,
Se candidata à Federal
E chega na praça ditoso,
Para se expressar “bem”,
Perante a esse povo,
Que já escuta satisfeito,
Pois sabe que o xingo
Já está no seu esboço
Pra falar aos nordestinos.
Daí então se candidata
À Governador do Estado,
E vem visitar a praça
Xingar os antepassados.
Mas como a vida segue,
E sempre acompanhou
Seu interesse próprio,
O sonho é ser Senador.
Daí se candidata feliz,
E já repleto de “poder”.
Aparece na mesma
Praça para tudo dizer
Ao povo, ora, a mesma
Oração de quando era
Um Cabo Eleitoral sim,
Na sua querida terra.
E por fim, já sonha ser
Presidente da República,
E só não volta à praça,
Por ter expedição curta.
Mas, mesmo assim, vai
Pra Televisão falar mal
Dessa gente que lhe fez
Um Presidente Federal.
E se brincar, seu sonho
É ser o melhor, vejo eu.
E se Jesus não lhe frear,
Quer sentar com Deus.
Então, quem disser que
Já está satisfeito aqui,
Na Terra, ó cara, fica
Por lá, não vem mentir.
E essa praça até agora,
Está do mesmo jeito,
Que o Cabo Eleitoral
Começou a ser eleito.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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