segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

QUAL SERIA O MELHOR PARA O NOSSO POVO, AUMENTO DO SALÁRIO OU O CONGELAMENTO DE GRÃOS?

Poeta Mário Querino 06/01/2020



O povo já está ledo
Pelo avanço deste
Nosso Salário sim,
Mas esse interesse


De aumentar, não
Traz benefício após
1 ano de peleja,
Mas só ilude a nós.


Se os assalariados
Tivessem a noção
Do valor já auferido
De ano em ano, não


Regozijaria o viver.
Agora, eu já indago:
O objeto que já tens
Obtido no passado,


Está com o mesmo
Valor de hoje, cara?
O que já adquiriste
Com R$ 10,00, falas


Se ainda seu valor
Está o mesmo, hoje,
Ó cara? Será que já
Após 1 ano pôde


Se congelar no país
Onde os Impostos
(Sem exageração)
São mais dispostos


Que os demais sim
Do planeta Terra,
E mais no interior,
Incluso pé de serra,


Que o aumento é
Bem mais elevado
Por ser mais caro,
E mais distanciado  


Do lugar industrial?
Claro, quem aufere
Fica bem contente
Porque mais recebe.


Porém, quem não é
Assalariado se ferra,
Porque não há valor
Grão saído da Terra,


Quero dizer, antes
De chegar à Fábrica,
Ser industrializado
E auferir boa graça.  


Obviamente, ficará
Um produto nobre,
Terá sim alto valor,
E se lasca o pobre


Agricultor debaixo
De Sol e chuvas
Pra produzir tudo,
E sem dúvidas,


Não poder comer
Por não ter Salário
Avançado R$ 20,00,
E o mais necessário


Elevado 100% sim
Em 1 ano de luta.
Agora, quem já é
Inteligente, escuta


Este Cara tão louco:
Não seria melhor
O Salário ser assim,
E os grãos ao redor


Ficarem congelados
E todo mundo ter
Uma oportunidade
De plantar e colher,


Sobretudo, comer
Com Fé e Regozijo
Numa mesa farta
Com filhos e amigos


Que às vezes vêm
E o pobre fica triste
Por não poder dar
O prato com ledice?


Para que servirão 2
Cédulas de R$ 100,00,
Se os grãos são 100%
Elevados ou até mais?


Será que o Olho vê
O tamanho do Peixe,
E o espírito não nota
Nada? Ó Povo, deixe


De ser tão ingênuo,
Não vise Salário alto,
E sim, congelamento
Nos grãos. Eu acho


Que, o Papel não vai
Saciar a nossa pança.
Agora, povo, reflete,
Deixe ser tão criança,


Que somente avista
O volume do objeto
E a sua cor atraente,
Mas não faz sucesso.


Às vezes me indago:
Por que sou besta
Assim, impetrar 10%
E quebrar a cabeça


Para adquirir mais
10% e cobrir dívidas?
Não seria melhor
Para a minha vida,


Continuar como era,
Sem alta no Salário
E grãos congelados?
Isto vê o Poeta Mário,


Mas não és forçado
Pensar nem ver não,
É apenas um Saber
Que trago no sertão.


Mário Querino – Poeta de Deus   

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