Hoje, eu parei sim
E voltei ao passado,
Tempo da mocidade,
Era de bom agrado
Para com as pessoas,
Sobretudo os baianos,
Desta minha região
Que viviam lidando...
O povo do Distrito
Titulado Bananeiras,
Ia todo sábado fazer
Em Bonfim sua feira.
Então um cara daqui
Também ia vender
Algo para ganhar
Sim Dinheiro e poder
Comprar o pão sim
À custa do seu labor.
Como o caminhão
Do Solon no interior
Levava as pessoas,
Saía de madrugada
Pra terem na cidade
Suas devidas vagas,
Pra porem barracas,
E só após 13 horas
Podiam dar cochilo,
O senhor se escora
Na porta do Banco
Do Brasil da cidade,
E ali pega no sono
Com tranquilidade.
Como usava chapéu
De palha, ele caiu
E ficou ali de boca
Pra cima, o povo viu
E botou as moedas.
Quando o senhor
Se acordou e viu
A Grana, logo louvou
A Deus por tudo isso
Que ocorreu na vida.
Claro, não precisou
Roubar a quem lida
Para conseguir o pão
De cada dia. Porém,
Isso incidiu há mais
De 30 anos. Ora, tem
Esperado o coração
Que, hoje em dia,
Fosse melhor pela
Fineza e sabedoria
Que o povo já tem,
Avanço de religião
E pela facilidade
Que têm os irmãos.
Porém, pelo que eu
Vejo, a ignorância
Fez mais sucesso,
Teve mais tolerância
Do que este tempo
De mais religiosos,
De mais sabedoria
E de mais poderosos,
E sobretudo de leis
Que são criadas sim
Todo dia no país,
E há índole mais ruim,
E ainda há deboche
Sim o tempo inteiro:
“Praticamos por ter
O jeitinho brasileiro...”
Mário Querino – Poeta de
Deus
Poeta Mário Querino 22/01/2020 |
Nenhum comentário:
Postar um comentário