Poeta Mário Querino 17/01/2020 |
Alguém indagou assim:
“Por que não escreveu
Mais poesia de amor?
Será que você perdeu
O seu prazer de amar,
E o seu terno coração
Já não quer ser ditoso
Com amor no sertão?
Sua vida feliz em dois,
Não está sendo capaz
De relatar sobre amor?
Hoje, ainda você traz
O sentido na sua vida?
O Amor que lhe traz Fé,
A Paixão que preenche
A vida de D. Maria José,
Não há tanta satisfação?”
O que agora responder?
Às vezes outras tarefas
Me impedem escrever,
Porque estou de Férias
E devo também realizar
De suma importância
Algo que venha agradar
A D. Maria José aqui.
É claro, não perdi não,
O meu prazer de amar,
Sobretudo no sertão.
Atualmente, a minha
Vida em dois está bem,
Como nunca já esteve
Neste tempo que tem
Unido Mário Querino
Com a D. Maria José.
De fato, já entre idade,
Fadiga e dores, a Fé
Aumenta a cada hora,
E sem Fé é impossível
Eu resistir tudo isso,
Porque é algo terrível...
Porém, apesar de tudo
Que penso, falo, ouço,
Vejo, cheiro e faço,
Inda visto como louco,
Tenho muita satisfação
Com a D. Maria José
Neste meu pé de serra,
E se ela ainda quiser
Ser mais bem-aventura,
O mundo já está sim
Com a porta aberta,
Só basta falar pra mim:
“Não sou feliz contigo,
E preciso viver melhor.”
O que eu responderei?
Meu amor, eu nasci só,
E já tenho a convicção
Que morrerei sozinho.
Ora, será melhor seguir
O seu bom caminho,
Porque não vou morrer
Por ninguém, e sim,
Somente eu morrerei
No pé de serra por mim.
Pois a minha Família há
Sete membros, e se eu
Morrer por um deles,
E pelos outros? Deus
Já enviou o seu Filho
Para morrer por todos,
Se eu fizer esse Papel,
Aí que eu serei doido!
Afinal de contas, quem
Morreria por mim?
Então, é bem melhor
D. Maria José ser assim,
Uma Companheira
Livre para ser feliz,
Como ela quiser viver
Neste cantinho do país,
O amado pé de serra
Intitulado Bananeiras.
Claro, agora, ela ainda
É minha Companheira,
Todavia, deixará de ser
De qualquer sorte,
Seja por intermédio
De Carta ou de Morte.
Então, por que agora,
Vou impedi-la de ser
Uma Mulher ditosa?
É dela o jeito de viver,
Se já não estiver bem
Comigo, e se já quer
Outra vida melhor,
Para a D. Maria José,
A porta já está aberta.
Ela me deixe infeliz,
O melhor é que eu já
Ralei e também já fiz
E faço o importante
Para vê-la neste país
A Varoa ditosa como
"Você é cheia de graças."
Mas se o seu coração,
Ainda estiver faltando
Algo, vá com satisfação
Fazer a boa aventura,
Sem se preocupar não,
Com a minha vida,
Pois tenho a convicção
Que de qualquer jeito
O Divórcio será vindo
Entre a D. Maria José
E Poeta Mário Querino.
Mário Querino – Poeta de Deus
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