Alguém fez pergunta
Sobre algo assim:
“Onde está a Preguiça?”
Exigiu rebate de mim.
Então, eu fui franco
Para lhe responder:
Cara, eu sinto muito,
Mas não posso dizer,
Se eu disser aonde
Ela está para você,
Você ficará com raiva
E não quero perder
Um amigo, pois, caso,
Perdendo, que volte
A nossa amizade, não
Será mais assim forte.
Por isso eu já prefiro
Não responder aonde
Está a tal Preguiça,
Nem onde se esconde.
Porque a verdade dói,
E a Preguiça não
Aceitará eu revelar
O seu lugar no sertão,
Sobretudo no meu
Querido pé de serra.
Então cara, a Preguiça
Está sim nesta terra,
E sempre me procura,
Mas não lhe dou não,
O meu braço a torcer.
Por isso com satisfação
Sempre faço algo mais
Para melhor eu viver.
Ó cara, eu já resolvi
Agora lhe responder
Onde está a Preguiça.
Mas antes aconselho
Que você vá se olhar
Num grande espelho,
E certamente vai ver
Onde está a Preguiça.
Sei que a verdade dói,
Mas já sabendo fica
Onde está a Preguiça.
Vendo com os seus
Bons olhos é melhor
Do que com os meus.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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