Nesta noite eu dormi
Muito bem, eu passei
4 horas e 30 minutos
Dormindo, ora, fiquei
Sim mais ½ hora aqui
Dormindo numa boa,
Pois é costume dormi
4 horas, não foi à-toa
Que nesta noite dormi
4 horas e ½ ao lado
Desta Varoa intitulada
Marisa, e apaixonado
Por esta Mulher, trago
Um coração no corpo
Repleto de alacridade
E uma Vida com gosto.
Ora, voltei ao passado
De vigor e luta grande,
Quando cortava cana
Com amolado alfanje.
Claro, na roça existia
Vários bolos de palhas
Que atrapalhavam,
E até hoje atrapalham
O adiantamento sim
Do trabalho na roça
De cana. Então, que
Eu hoje em dia, possa
Não lidar com alfanje
Novo e bem amolado,
Para cortar as canas
Que eu era obrigado
Cortar para moer sim,
E ter uma produção
Excelente nesta Vida
Que Deus dá no sertão,
Sobretudo no Distrito,
Minha terrinha querida
Onde vivo trabalhando
Feliz ao lado de Marisa.
Então, não foi à-toa não,
Eu ter dormido ½ hora
A mais nesta madrugada,
Deus me acordou agora
Por uma grande razão:
Escrever mais tranquilo
Neste bom pé de serra
Sim, sobre isso e aquilo
Que o coração observa
E lembra do passado,
Que para mim foi sim
Um tempo trabalhado
Com dificuldade, suor
Derramado e grudado
No cabo do alfanje
Abrindo canas, passado
Em que eu vivi ao lado
De pai Antônio Pereira,
Lidando no sítio do avô
Oiô, aqui em Bananeiras.
Eu era um adolescente
Com apenas 12 anos
De idade, quando neste
Bom cantinho baiano
Eu cortava ditoso cana
Para moer no engenho,
E ao dormir ½ hora
A mais, agora eu venho
Escrever a lembrança
Do meu passado, Vida
Que me deu exemplo.
Hoje ao lado de Marisa
Não corto mais cana,
Pois o engenho se foi,
E não espero ele voltar
Hoje e nem depois.
Estou bem e feliz sim,
Com esta minha lida
Que eu tenho todo dia
Ao lado de Marisa.
Mário Querino – Poeta de Deus
“Quero ainda,
irmãos, cientificar-vos de que as coisas que me aconteceram têm, antes, contribuído
para o progresso do evangelho.” Filipenses 1:12
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