Poeta Mário Querino 23/10/2017 |
Alguém indagou assim:
“Por que não foi mais orar
Nos montes, como ia
Logo quando veio aceitar
Jesus Cristo na sua vida?”
Respondi: Porque já sirvo
A Deus em espírito e verdade,
E claro, não é mais preciso
Eu sair do meio de gente
E ficar durante a madrugada
Dentro de matos, onde
Há cobras que dão picadas
E podem nos envenenar.
Tudo que eu posso fazer
Dentro de um mato escuro,
Farei com mais prazer
Dentro do meu Escritório.
Pois quem procura o escuro
Para falar com Deus,
Obviamente não é seguro
Nas suas obras que pratica.
O Espírito Santo é presente
Aonde o bom cristão estiver,
Eu ia aos montes sempre
Por ser pequena minha fé,
E queria encontrar Deus,
Entre as cobras e outros
Animais, enquanto o seu
Trono está no coração
Daquele que Lhe serve
Em espírito e verdade.
Hoje, o Poeta Já percebe
Que, Deus é presente sim
Aonde ele estiver ciente
Que o Senhor Deus está
Durante sua vida presente.
Seja no monte, trabalhando,
Orando ou lendo a Palavra.
Seja de dia, ou de noite
Ou seja de madrugada.
Mas sair a fim de buscar
Ao Senhor Deus nos matos,
Dá a entender que Deus
Não é presente no espaço
Onde essa pessoa está.
Quem sabe, quer esconder
As suas más ações da luz.
Não adianta eu querer
Buscar ao Senhor nos matos.
Se alguém chama de caipira
O irmão que mora na roça,
Vai lá buscar Deus? Mentira,
Deus sabe que é fingimento.
Pois não adianta eu buscar
Ao Senhor dentro dos matos
E a vida inteira eu chamar
O meu irmão de tabaréu
E de caipira por morar na roça.
Se eu chamasse o meu irmão
Que tem as mãos grossas
De trabalhar para ganhar sim
O seu pão, de tabaréu,
Como eu buscaria o Deus
Que está num Trono no Céu?
Ora, o Deus que está no Céu
Está no meu coração. Ele vê
E sabe o que eu penso, vejo,
Falo e faço para o bom viver.
Eu vou falar para as cobras,
E demais animais nos matos,
Enquanto as pessoas ficam
Sem ouvir? Realmente acho
Que não tenho necessidade
De levar a Palavra de salvação
Para os animais lá nos matos,
Principalmente na escuridão.
Devemos fazer tudo na luz
Para que todo mundo veja
As nossas boas obras,
É o que meu coração almeja.
Mário Querino – Poeta de Deus
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