Poeta Mário Querino 16/10/2017 |
Alguém chegou em casa,
Da porta do meu quarto
Viu eu deitado com meias,
E achou estranho, de fato.
Então perguntou assim:
“Por que dormes de meias,
Num calor terrível deste?”
A pergunta não foi alheia,
Mas rebati com sabedoria:
Eu uso muitas estratégias,
Para o meu bem-estar.
E as meias me entregam
Conforto e muita alegria,
Me livram de pernilongos
Que entram no quarto
E querem ser mordomos.
Mas quando eu uso meias,
Dizem uns para os outros:
“Vamos se embora daqui,
Pois aqui tem um morto.”
Porque antes dos Planos...
O povo colocava meias
Nos pés das pessoas sim,
Que morriam. Coisa feia...
Então os pernilongos quer
Sugar sangue, e morto
Não tem mais esse líquido,
E uns dizem aos outros:
“Vamos se embora daqui,
Aqui não há nada para nós.”
Eu fico tranquilamente
Sem ouvir essa chata voz
Nos meus bons ouvidos.
Quem é inteligente usa
Sempre estratégias
E sem nenhuma dúvida,
Os pernilongos perdem
O seu melhor gosto,
Pois ao ver pés de meias
Eles acham que é morto
Que está na cama deitado.
Então alguém disse assim:
“Vejo que és bem criativo,
Eu farei também assim.”
Mário Querino – Poeta de Deus
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