Poeta Mário Querino 01/07/2017 |
Um amigo de Deus quis
Ofertar algo essencial
Pra sua jubilosa Igreja,
Porém, um profissional
Precisava fazer a arte.
Então o amigo de Deus
Foi à procura do artista
Para fazer o objeto seu.
Ao encontrar o artista,
Quis saber o seu preço.
Dando sua informação,
Realmente, do seu jeito,
O profissional e dono
Também da empresa,
Falou: “Eu faço por cem,
Porque é para a Igreja.
O amigo de Deus falou:
“Por cem? Apenas isso?”
O profissional explicou
Pois ele era Presbítero,
Por isso já faria por cem.
O amigo de Deus achou
Um abuso da sua parte
E nada lhe encomendou.
Após trinta dias avaliou
O amigo de Deus assim:
“Fulano de tal sabe fazer,
Talvez, ele faça pra mim.”
Daí num abençoado dia,
O amigo de Deus falou:
“Meu bom amigo artista,
Careço da lida do senhor,
Dá para o senhor fazer
Um objeto para mim?”
O artífice lhe respondeu:
“O que você quer assim?”
O amigo de Deus expôs
Aquele mesmo projeto
Que o Presbítero faria
Para sua Igreja o objeto,
Claro, num valor de cem.
O artífice não ia à igreja,
Mas tinha a sua religião
Na sua cidade sertaneja.
Então ao ver o projeto,
Falou: “Faço por vinte,
Onde você vai pôr isso?”
O amigo de Deus, ouvinte
Desses profissionais viu
Esse preço muito baixo,
E falou: “Porei na Igreja.”
O artífice disse: “Eu acho
Que dá pra fazer por dez,
Porque é para a Igreja,
Onde você sempre ora
Por esta cidade sertaneja.
Deus tem me protegido,
Tem me enviado clientes,
E nunca me faltou nada,
Se não fosse um presente
Que você hoje quer dar,
Eu não cobraria nada,
Porque o Senhor Deus,
O melhor na sua casa
Merece de todos nós.
Agora o Poeta de Deus
Indaga com franqueza,
Responda o amigo meu.
Quem achas mais crente,
O profissional Presbítero,
Ou o artífice sem Igreja,
Porém, inteligível e lícito?
Mário Querino – Poeta de Deus
Nenhum comentário:
Postar um comentário