Poeta Mário Querino 21/07/2017 |
Convidaram-me pra Festa,
Claro, Festa religiosa
sim.
Mas o tempo foi curto
Não pude obter para mim
Um terno, roupa luxuosa.
No dia da grande Festa
Que eu deveria participar
Pra registrar como Poeta,
Ora, precisava de paletó
Para poder eu participar,
Claro, o dinheiro não deu
Para o terno eu comprar.
Daí fiquei tranquilamente,
E não me preocupei não.
Perto da hora da Festa
Em casa chegou um irmão
Procurando a saber se eu
Ia para essa grande Festa.
Eu francamente falei:
Não tenho traje, para esta
Festa de senhores cultos,
E bem arrumados.
Mas o irmão deu a ideia:
“Toma um emprestado...”
Eu repliquei com júbilo:
Não seria lícito eu fazer
Um papel desse irmão,
Adorar o Deus do Poder,
Da Riqueza, da Sabedoria
Da Presença na Festa,
Com roupa emprestada,
E ainda sendo seu Poeta!
Se eu ainda não tenho
Um traje para uma Festa
Desse tão grande porte,
É porque o Senhor testa
O anseio do meu coração,
Se eu tenho esse almejo
De me aparecer elegante
Neste cantinho do sertão.
Sempre falei: Eu não sou
Poeta de Deus para ser
Visto com olhar exaltado,
Nem visando um poder...
A não ser servir ao Senhor
De todo o meu coração,
Com simplicidade e afeto,
Neste cantinho do sertão.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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