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| Poeta Mário Querino 21/01/2019 |
Eu vendo a propaganda
Sobre as armas no país,
Eu achei muito bacana,
Porém, meu coração diz:
“Mário, você é ingênuo,
Para se iludir nisso?
Pelo que eu entendo,
Você quer neste Distrito
Fazer papel de besta,
E não de inteligente.
Tira isso na tua cabeça
E vive tranquilamente
Os dias que Deus te dá
Neste teu pé de serra.
Pois arma não impedirá
Você morrer nesta Terra.
Claro, você tem direito
Ter mais de uma arma,
Mas você vai satisfeito
E seguro numa Estrada,
Com armas na cintura,
E eu venho com uma só.
Saberá que sou criatura
Maliciosa? Ou melhor,
Um salteador armado?
Eu vou passar por você,
Ainda você desconfiado,
Nada comigo vai fazer.
Como salteador é ciente
Do que faz, com alegria
Passo muito contente
Dou para você Bom-dia.
Claro, tirei o medo sim,
Que sentiu seu coração.
Mas depois, algo ruim
Você ouve sem atuação:
“Assalto! Não se mexa!”
O que você faria comigo?
O que viria na sua cabeça?
“Jesus, me livra do perigo,
Não deixe ele me matar!”
Então é uma burrice
Trabalhar tanto e gastar
Com arma que não existe
Nenhuma segurança não.
Claro, você estava bem
Armado, mas o ladrão
É muito esperto também.
Outro exemplo vou dar:
Você está feliz num sofá,
Tem fuzis e atira bem,
Porém, eu lhe chamo cá
Na privada porta da rua,
Você não atenderá não,
Com essas armas suas
Já expostas nas mãos.
Daí, eu digo: “Boa tarde!”
Claro, você responderá,
Mas não ver a maldade
Que no meu interior está.
Nesse episódio, você vai
Fazer o que na vida?
Se eu já for capaz
De deixar você sem saída?
Claro, você dirá assim:
“Deus, não deixe ele fazer
Nenhuma coisa ruim,
E preserva o meu viver!”
Então, quem tem medo
De morrer, de medo vai
Morrer. Viva no sossego,
E não gaste os seus reais
Com armas para se livrar
Dos assaltantes, eles são
Mais espertos. Você está
É sendo iludido, ó irmão.
Você pode comprar sim
Armas, mas tire o viver
De salteador, que seu fim
Na Terra é só para sofrer
E pagar Advogado sim,
Caso queira a liberdade.
Ora, agora, dar um fim
Na sua grande maldade.
Com arma ou sem arma,
Você morrerá se Deus
Permitir. Então calma,
Não gaste o dinheiro seu!”
Mário Querino – Poeta de Deus
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