Poeta Mário Querino 23/01/2019 |
Num pequeno povoado
Morava um senhor
Que tinha vários filhos.
Como a vida no interior
É sim, árdua e careta,
O senhor foi à Capital
E trabalhou de Pedreiro,
A profissão mais ideal
Para o senhor na época.
Trabalhou à vontade,
Estabeleceu seus filhos
No mercado da cidade
E ficaram bem de vida,
Educaram filhos e filhas,
Se situaram numa Igreja
E seguiram bem a trilha.
Que lhes deixou assim,
Repletos de soberba,
E todos já se achando,
No patamar de riqueza.
Mas o tempo é rápido
E idoso ficou o senhor,
Que certamente fraco
Naquela cidade ficou.
E o senhor numa cama
Permaneceu prostrado
Naquela simples casa,
Raramente era visitado.
Pois seus filhos tinham
Um padrão de vida boa,
E o senhor, só o auxílio
Que o país dá a pessoa
Para terminar os dias
De vida aqui na terra.
(Isso feliz eu também
Espero no pé de serra).
Após anos prostrado ali
Numa simples cama,
Deus tendo compaixão,
Com júbilo lhe chama,
E os seus filhos na hora
Começaram a chorar
A dor da morte do pai,
Pois não iria mais voltar.
O amor que deveriam
Ter para com o senhor,
Foi exposto nesse dia,
Dia em que o pai viajou
Para nunca mais voltar.
Agora eu indago assim:
Adiantou mais o choro?
Então, pergunto a mim:
Esse senhor faleceu feliz,
Assim menosprezado
De seus próprios filhos?
Pois bem, ser um filiado
Numa Igreja é normal,
É direito de quem quer.
Agora, cuidar dos pais
Manda Jesus de Nazaré,
Para que tenha os dias
Prolongados e ser feliz
Na terra que Deus dá
Em qualquer um país
Do mundo, sem dúvida.
Dizer que ama a Deus
E menoscaba seus pais,
Por serem caretas seus
Costumes mais antigos,
Claro, será desprezado,
Ainda que tenha vivido
Num centro civilizado.
Mário Querino – Poeta de Deus
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