Poeta Mário Querino 02/01/2019 |
Observando comentários
Deste povo trabalhador,
Sobre o valor do salário,
Que subiria, mas abaixou,
Faço algumas perguntas:
Quem é o culpado disso?
O inteligente assunta
Que tudo que vem é lícito
Ao fazermos por almejo.
Às vezes pode ser até ruim
Para este povo sertanejo,
Mas isso não afeta a mim.
Quando pedir aumento
De salário, já fique ciente
Que a empresa no tempo
De pagar precisa sempre
De grana, senão, não pode
Efetuar pagamento não.
Então é a carecida ordem:
“Subir o valor da produção.”
E aumentando o produto,
Obviamente tudo será caro
E o exigido desse público
Não cobrirá. Pois o salário
Aumenta um pouco sim,
Mas a empresa aumenta
Mais, para pagar a mim
E outros que ela sustenta
O tempo inteiro pagando
Salário. O povo brasileiro
Que protesta rezingando
Por auferir pouco dinheiro,
Na minha boa concepção,
Se o salário fosse R$ 100,00,
E as coisas não fossem não,
Assim caras demais,
O nosso dinheiro daria sim,
Pra todo mundo viver bem.
Porém, quem ganha ruim,
Vive melhor aqui também.
Porque passa a vida inteira
Embolsando só o mínimo,
Como o Poeta de Bananeiras,
Seu amigo Mário Querino.
Quem tem vida melhor
Que a do seu Poeta,
Que aufere ditoso só
Um salário e vive nesta
Terra sertaneja e baiana?
É claro, sou feliz porque
Não sou iludido em grana
Porém, por um bom viver.
Por isso o meu dinheiro
Tem que dar para passar
O meu tempo inteiro
Sem desonestidade usar.
A minha mãe dizia assim:
“Se tira a sola do couro.”
Se o governo der pra mim
A firma desconta no ouro.
E quanto mais aumenta
O salário de nossos “ricos”,
Mais ainda eles tentam
Auferir um dinheiro ilícito.
Já tenho 22 anos de labor,
E nunca eu usei de má-fé,
Nunca peguei num setor
Nenhuma caneta, que é
Algo atraente que tenho
Quando estou inspirado
Pra fazer poesia. E venho
Lidando de bom grado.
Então o dinheiro não faz
Eu ser um corrupto,
Porque eu vejo os “reais”
Como sangue do público,
E não somente meu. Isto
Faz com que eu seja
Um varão digno e lícito
Nesta terrinha sertaneja.
Uma coisa que me deixa
Viver neste Distrito
Sem fazer alguma queixa,
É viver com Jesus Cristo.
E outra foi sair da soberba,
Dos desejos de luxúria,
Largando a ira, a avareza,
Extirpando a inveja, a gula
E abandonando a preguiça.
Então o salário mínimo
É bem-vindo com justiça
Para o Poeta Mário Querino.
Mário Querino – Poeta de Deus
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