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| Poeta Mário Querino 05/12/2019 |
Há gente que se incomoda
E fica achando ruim,
Quando alguém discorda
Desse seu jeitão assim.
Porém as pessoas ditosas
Na Terra, são as criticadas.
Quem vai ser invejosa
Ou invejoso por nada?
Quem vai perder tempo
Falando mal ou de bem,
De um cara sem talentos
E influência, ou também
De mulher sem virtude?
Você acha que a árvore
Sofre por cara de atitude
Má, sem ter o que agrade?
Você acha que Pregador
Do Evangelho de Cristo,
Fala tão bem é por amor
Ou é por que vive disto?
Ora, quem não falar bem,
Certamente fica no banco,
Por não atrair ninguém
E o Templo não terá tanto
Motivo de explodir glórias
E aleluias. É verdade!
Creia sim nesta história
E tenha boa curiosidade.
Quando devido Pregador
É ali anunciado, o povo
Indaga: “Tu vais? Eu vou
Hoje, o Pregador é novo,
Tem o dom da “palavra”
Que toca no coração,
Quando estou em casa
E assisto-o na televisão,
Choro e me preencho
Do Espírito Santo.
Hoje, eu vou, e já penso
Ficar no primeiro banco.”
Mas não sabe essa gente
Que, o primeiro banco
Fica na porta da frente.
Jesus já ensinou tanto
Sobre este procedimento,
Mas até agora, ninguém
Ainda dentro do Templo,
Esse entendimento tem.
Jesus diz o tempo inteiro:
“Assim, os últimos serão
Primeiros, e os primeiros
Serão últimos.” Ó irmão,
Esclareço com sabedoria,
E claro, com inteligência:
Povo de fé, se algum dia
For ao Templo, pensa
Então, já de agora assim
Ao chegar no Templo:
“Eu me sentarei sim
Com o contentamento,
Ora, no primeiro banco.
Já faço uma simulação,
Me produzirei o quando
Desejar o meu coração
Para chamar a atenção
Do público que estará
No Templo, claro, irmãos
Que depois vão chegar.”
Agora, assim já pergunto:
Onde você vai encontrar
O primeiro banco? Assunto,
Claro, é logo ali ao entrar.
Daí então, fique sentado
Sem dizer quase nada.
Quem te ver arrumado
Vai dizer: “Sejas na casa
Do Senhor nosso Deus,
Bem-vindo, ó meu irmão.”
Quando o Pregador, seu
Ídolo, iniciar o Sermão,
Claro, a primeira pessoa
Que ele vai então apreciar,
E citar sempre numa boa
É você mesmo que estar
Sim longe, na frente dele.
Porque todo Pregador
Fixa o olhar na frente, ele
Aprendeu com o Senhor.
Mas não olhou mais não,
Para os seu pés
Que ainda estão no chão,
E não percebe, por ter fé.
Dá pra alcançar o
público?
Porque Jesus falou assim
Sem ter nenhum recurso
Para falar tão alto. É ruim,
Dá a entender que Deus
É surdo para esse povo,
Claro, agora, penso eu,
Como educado e novo.
A loucura e a arrogância,
Deixei lá com o homem
Velho cheio de ignorância,
E querendo ter um nome,
De “poder” e notório aqui,
Porém o procedimento,
Fazia o povo se sair
Por não ser um exemplo
Como homem de Deus.
Então, estou muito bem,
Vivo no pé de serra meu,
Sem chatear ninguém.
“Assim, os últimos serão
Primeiros, e os primeiros
Serão últimos.” No sertão
Não sou não, estrangeiro.
Minha gente, o mundo
Só é bom por isso,
Não havendo profundo
Falar, nem Jesus Cristo,
Seria reconhecido não,
Como calmo e tolerante.
Ora, fale de mim irmão,
E não sairei um instante
Do teu afetuoso coração.
Porque ninguém fala
De alguém sem razão,
Jesus sobre isto declara:
“A boca fala do que está
Cheio o coração.” O meu
Nome e ações, vão ficar
Cravados no coração seu.
Se o cara fala o que tem
No coração, ainda rival,
Lembrado sempre vem,
Por ser um motivo ideal
E digno de ser revelado
Para os outros amigos
Que não sabiam do caso,
Agora, com fé e regozijo
Já comentam com ironia
Ou com grande revolta.
Contudo, o falar todo dia
É isso sim, que importa
E devemos dar glórias
Ao Senhor nosso Deus,
Pelo nome na história
Sem gastar dinheiro seu
Nem tampouco o meu,
Para fazer a Propaganda,
Até em nome de Deus.
Acho isso muito bacana.
A final de contas, não
Me dói nada, e o povo
Sabe julgar com razão.
Fale com ledice e gozo,
Tudo que for edificante,
Vai ficar na Memória,
O que não for importante,
Não entrará na História.
Sabia por que afamados
Que se sentam no Púlpito
Do Templo são parados,
Enquanto o seu público
Dá glórias e um gritão:
“Aleluias!” Faz reteté e mais
Loucuras, até cai no chão?
Porque eles ficam atrás
Do Pregador, e não têm
A precisa atenção,
Jesus pregou muito bem
Com saber e educação.
Ele não falava ao público
Dando as costas não,
Ele procurava recursos
Para apreciar a multidão.
E o mais inteligente, eu
Como Poeta, agora acho,
Quando o povo de Deus
Ia ouvi-Lo, Ele usava barco
Para não ficar ninguém
Atrás d’Ele, porque é falta
De Educação alguém
Dar as costas. Ora, a graça
Fica sem a graça, e dar
Até pra bocejar e dormir
Como você já pôde notar
E muitas vezes eu já vi.
Já estudei numa Escola
Que o Professor virava
O ombro direito, na hora
Em que ele ficava
Redigindo no quadro-de-giz,
E os alunos viam tudo,
Tanto o rosto dele feliz,
Quanto todo o conteúdo.
Jesus saía entre multidão
De gente, tanto dos lados,
Quanto atrás, porém, não,
Na frente, Ele era educado.
Por isso Ele falou bem:
“Ao que te bate numa face,
Oferece-lhe também
A outra.” Qual o destaque
Neste tão bom conselho?
Para eu entender, fiquei
Defronte de um espelho,
E a minha mão eu levei
Na face do lado esquerdo,
E ao virar as costas, não
Era mais... E o segredo
É não golpear na traição.
Para falar mal ou de bem,
Marca um encontro sim,
Encararei você também
Quando vier até a mim.
Se a minha verdade doer,
Deve engolir tudo calado,
E também engolirei você,
Assim, seremos amados
Por Deus Pai e Senhor.
Então, vamos resenhar,
Tudo isso nos traz valor
E vamos sim carregar
Nosso amigo no coração,
Ainda um rival na Terra,
É lance de comunicação
Neste bom pé de serra.
Mário Querino – Poeta de Deus
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