Poeta Mário Querino 19/12/2019 |
O patrão inteligente,
E claro, muito sabido,
Fez a boa experiência
Com o amigo servidor
Pra perceber até onde
Vai a intelectualidade
Humana neste Planeta
Aonde reina felicidade.
Então, ele fez um fardo
E ordenou ao amigo
Servidor: “Se der, leves
O fardo, que eu aviso
A quem vai lhe receber.”
Por razão de transporte,
O seu servidor objetou:
“Patrão, o vento é forte,
E este volume é grande,
Não dá para eu o levar,
Pois a estrada está ruim,
Com a trepidação cairá
Desta pequena moto,
Que não tem a garupa
Suficiente pra segurar.
O patrão só lhe escuta,
Após fala: “Tudo bem.”
Ano ulterior, o patrão
Fez sim a experiência,
Mas desta vez 1 milhão
De reais, ele colocou
Nesse fardo que havia
Sim o mesmo volume,
E a mesma quantia,
E até o peso. Daí disse
A mesma coisa sim.
E nesse dia estava
Um tempo mais ruim
Que esteve há 1 ano,
A condução era sim,
A mesma do passado,
Só mais velha e ruim.
Todavia o seu servidor
Disse: “Dá, ó patrão,
Basta avisar ao amigo
Pra esperar no portão.”
O seu patrão analisou
Tudo, tintim por tintim
Chegando a conclusão,
A qual dar para mim,
A inteligente e sábia
Lição de vida no sertão.
Pois agora, já aprendi
Que a Grana na mão
De uma pessoa sovina,
Não chegará ao limite,
Da quantia, do peso,
E do volume. Já triste,
Pensa 1.000 vezes sim,
O patrão no servidor,
Que só lhe obedece
Como sendo o senhor,
Na hora de interesse
Próprio. E o que fazer,
Com servidores assim?
Claro, devo responder
Entre preceitos lícitos:
Não seria bom tirar
Esse pão da boca não,
Do amigo que já está
Trocando o seu labor
Por Dinheiro, a fim
De arranjar o alento,
E tintim por tintim,
Fruir também de algo
Bom nesta vida.
Então, o certo é isto:
Usar a ideia sabida
E ainda inteligente,
Convocar o servidor
E aclarar feliz da vida
Em nome do Senhor.
Daí ele entenderá
Que um empregado
Não deve só visar
O salário combinado,
A função do acordo,
Ouvir só o que quer,
Mas deve ser capaz
Para o que der e vier,
Na falta dum colega.
Indago: Por que só
Fazer coisas visando
Para si algo melhor?
Se já está sim, sendo
Da firma empregado?
Vejo que o Dinheiro
Lhe deixa escravizado,
Ainda não sendo seu,
Só procura prendê-lo,
Driblando esta Justiça,
Acho isso um pesadelo.
O Dinheiro não ficou
Pra ser preso, e sendo,
Tudo perde seu valor,
Assim, eu já entendo,
Pois ninguém compra
Nem vende também.
Faças tudo que o Líder
Mandar, pois ele tem
O direito dentro sim,
Das 8 horas do labor.
Se eu sei fazer, posso
E tenho tempo, vou
Fazer com satisfação.
Depois de pronto,
Eu quem ficarei feliz,
E todos já cônscios
Que fui eu quem fiz.
E caso eu não faça,
Outro vem e faz sim,
E ficarei sem a graça,
Pois faria sim melhor,
Tinha tempo, sabia,
E poderia fazer tudo,
Com amor e alegria,
Ora, o Dinheiro viria
Duma lícita maneira,
Para viver bem ditoso
Aqui em Bananeiras.
Mário Querino – Poeta de Deus
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