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| Poeta Mário Querino 09/12/2019 |
Hoje é segunda-feira,
Há feira na cidade vizinha
Do Distrito de Bananeiras,
Minha querida terrinha.
Ora, eu estava acessando
O meu simples celular,
O qual o Sistema avisando
Que devo outro comprar,
Pois perderei o Aplicativo
Por não ter mais recursos
Do Whatsapp, já é antigo
E este moderno público,
Não se sente bem em ver
Coisas velhas sem valor
Ou sem nenhum poder
De aparência e esplendor.
Daí, vi o comento novo
De líderes fazendo sim,
Convite ao frango, ovo,
E ainda ao peixe assim:
“Nós convidamos neste,
Para que nos apareçam
Os frangos, os peixes
E ovos. Tragam canetas
E ainda folhas de papel.
Porque o amigo Poeta
Que sempre tira chapéu,
Ele deve estar sim, nesta
Importantíssima reunião
Para escrever as queixas.
Pois quando a carne não
Faz falta, este povo deixa
Nós completamente fora
Da mesa, no café, almoço
E no jantar. Mas na hora
Em que tira o bom gosto
A sua amiga carne, todos
Voltam, para nos ter sim,
Como um lote de doidos,
Por isso o mundo é ruim
Para esse povo que só
Quer usufruir da gente,
Quando a coisa “melhor”
Pra eles, fica indiferente.
Como somos realmente,
Alimentos descartáveis,
E procurados por gente
E “caras” desagradáveis,
Não vamos deixar não,
Com fome o nosso povo,
O peixe e o frango já são
Ideais, e também o ovo
Deve fazer o seu papel,
E ficar sempre na mesa,
De quem olha pro Céu
De pança cheia. A Alteza
Do nosso Deus e Senhor,
Dá alimento com ledice
Para o pobre pescador,
E a quem sempre disse:
“Não gosto de peixe não.”
Dá alimento ao avicultor,
E a quem neste sertão,
Do frango e do ovo, falou:
“Nunca gostei de frango.”
E também a quem chama
O amigo ovo de “olhão”.
Nos engula, não reclama...
Assim sucede com gente,
Que está entre pobres
Com regozijo e contente,
E enricando, os nobres
Já são amigos especiais,
E quem ficou na pobreza,
Comendo com Fé e Paz
O que estiver na mesa:
O frango, o peixe e o ovo,
Certamente, fica ouvindo
Zombaria desse povo.
E o Poeta Mário Querino,
Descreverá nossa queixa.
Então, todos os sustentos
Da mesa, nos apareçam
De bom contentamento.”
Mário Querino – Poeta de Deus
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