Poeta Mário Querino 02/11/2019 |
Um cara de família nobre
Contratou um amigo sim,
Para fazer papel de bobo,
Tranquilamente, só a fim
De investigar conversas
Que aconteciam entre
Esse povo formidável
Que traz e leva sempre
Os fatos ocorridos sim,
Claro, dentro da família
Onde muita gente via
Coisas erradas na trilha,
E o bobo tudo notava
Tintim por tintim.
Mas ninguém percebia
Que era um sábio sim,
Que estava por trás
Do bobo observador,
E o povo resenhando
Contra o seu senhor.
Ora, o bobo anotando,
Relatou com clareza,
A ponto do senhor
Ter uma pura certeza
Que a sua vida seguia
Contragosto do povo.
Daí, o que ele fazer
Para mostrar de novo
O seu bem-estar sim
Para com a sua família?
Na verdade, é implexo,
E o cara parou na trilha
Para pensar um pouco
E mudar de vida tentou.
Mas quando já estava
Com o seu alto valor,
E também com as suas
Diferentes ideias aqui,
Este povo já civilizado,
De novo fez ele refletir.
Pois o cara ficou contra
E vivia fora e tudo.
Daí então o bobo via
E ouvia, e sobretudo
Registrava também,
E o tempo passou sim.
Ora, nem todo bobo é
Bobo, eu cuido de mim
Para ter discernimento,
E reconhecer um sábio
Que se camufla no bobo,
E driblar o inimigo Diabo.
Então, cuidado, há bobo
Na casa dum sábio sim,
Para trazer e levar fala,
E ninguém achá-lo ruim.
Afinal de contas, “bobo”
Para se apresentar aqui,
Porém muito inteligente
Para ver, falar e ouvir...
Mário Querino – Poeta de Deus
Nenhum comentário:
Postar um comentário