Poeta Mário Querino 16/12/2019 |
Agora eu vou
resenhar,
Quem estiver
envolvido
No episódio,
e ler cauto,
Hoje, ficará
sim sentido,
Se lembrará
do tempo
Em que isso aconteceu.
Realmente, há
38 anos,
Uma mocinha apareceu
Na terra de Bananeiras,
E carregava
lata d’água
Do Rio Aipim
na cabeça,
Enchia potes
nas casas.
Na verdade, a
vida dela
Na mocidade
foi
Realmente
fazer isso,
Claro, ia à
roça depois.
Mas o foco
da resenha,
Não é outro
trabalho,
Que a adolescente
fez
Em todo o
seu atalho,
E sim, na
água que ela
Trazia do
Rio Aipim
Na cabeça, pra
encher
Tintim por
tintim
Talhas e potes
de barro.
Não querendo
rodear,
Para falar
do episódio,
Agora, eu já
vou revelar
O que incidiu
com ela,
Que carregava
água
Na cabeça pra
encher
Talhas e
potes de casa
Em casa,
neste Distrito.
Ora, a
mocinha chegou
Com uma lata
d’água,
Lavou a
talha e botou
A boa água
dentro dela,
E foi buscar
mais no rio,
Para acabar
de enchê-la,
Claro, o dia
estava frio,
Porém o peso
era sim
O mesmo de
todo dia.
Daí a talha ficou
cheia,
E com prazer
e alegria,
Ela foi pegar
mais água
Para encher
os outros
Potes. A mocinha
deu
As costas, e
em poucos
Minutos, a
sua patroa
Chegou na
cozinha,
E vendo a
talha cheia,
Sem pena da
mocinha,
Resmungando falou:
“Ela deve lavar
o pote!”
Derramou a
água toda,
Sua empáfia
era forte.
Quando a
adolescente
Chegou com
mais água,
Para encher
os potes,
Ela ouviu sim,
palavras
Em voz alta
da patroa:
“Lavas os potes
direito,
E enchas
novamente,
Faças tudo bem-feito.”
Ora, a moça
precisava
Da grana para
comprar
As suas
roupas íntimas
(A mãe não podia
dar).
Quase chorando
pegou
A talha para
lavar.
Eu creio que
foi a mão
De Deus para
ajudar
Aquela mocinha
pobre
Que veio
para o Distrito.
Porque nasceu
na roça
Entre
vegetais e bichos.
Claro, a talha
deslizou...
E acabou se
quebrando,
Deixando a
moça livre
Neste cantinho
baiano.
E de lá para
cá, ela vive
Na terra de
Bananeiras,
Sempre com alacridade,
E parece
brincadeira,
Se casou com
um rapaz
Muito louco,
a ponto
Da própria família
dele,
Dar conselhos
“cônscios”
Pra que ela
abrisse mão
Do predito Casamento.
Ainda penso que
ela leu
A fábula
daquele tempo,
Que a
princesa queria
O príncipe encantado.
E pra tê-lo,
o sapo seria
Então por ela
beijado.
Agora, já após
31 anos,
Aquela adolescente
Pobrezinha e
sofrida,
Aprecia o
Céu contente,
E agradece
ao Senhor,
Pelo seu sofrimento,
Por seu
louco marido
E por este
atual tempo
Em que já vive
ditosa
Entre mulheres
de bem.
Seu marido
lhe deixa
Feliz e
notória também.
Porém, pra
conquistar
A Sorte,
paga um preço.
O sábio, já visa
o final
Melhor que o
começo.
Por isso D.
Maria José,
Me amou na
loucura,
Já visando a
Sabedoria.
Mário
Querino segura
A sua pobreza,
visando
Um Amor duradouro.
O Saber dela
e o meu
Amor, não há
tesouro
Melhor neste
Planeta
Intitulado Terra,
Onde se
localiza bem
Meu bom pé
de serra.
Mário
Querino – Poeta de Deus
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