Poeta Mário Querino e Lagartixa (Catende) 22/12/2019 |
Quando um homem
Ora ou reza cônscio
Do que quer de Deus,
Obviamente é pronto
Para o que der e vier,
Até mesmo a Morte
Será encarada, ainda
Entre as dores fortes,
Ergue sim a sua voz:
“Eu só vou com Deus!”
Não se turba, ainda
Que o Diabo tire seu
Prazer, se caso, puder
Sem a licença de Deus.
Ora, o homem amigo,
Amigo de Jesus, o seu
Caminho sempre será
De Luz e cheio de Paz,
A ponto de até brutos,
Como nossos animais,
Põem a sua confiança
No homem que ora
Ou reza firmemente,
E Lei não fica de fora.
É claro, na sexta-feira
Cheguei na Rodoviária
Pra esperar o Sandoval,
Que na hora necessária
Traria no seu ônibus,
Eu Mário, Maria José
E os demais já vindos
De lá de Bonfim, que é
A nossa maior cidade
Da Região Norte
Do Estado da Bahia,
Onde fruo boa Sorte.
Digo, maior porque
É quem se aproxima
De Pindobaçu, entre
Juazeiro e Jacobina.
Eu e D. Maria José,
Felizes na Rodoviária
De Antônio Gonçalves,
Por razão necessária
Esperávamos o ônibus.
Eu ditoso ao lado dela,
Surge tranquilamente
Uma simples cadela,
Que entrara debaixo
Da minha perna sim,
E ficara ali pensativa.
Daí indagaram a mim:
“Essa cachorra é sua?”
Falei: Não, mas é amiga,
E amiga crê no Amigo,
E ela está feliz da vida.
Ora, o homem que ora,
Ainda estando em lugar
Desconhecido assim,
Até animais vêm vigiar.
E para ter a convicção
Do que eu ouço, vejo,
Cheiro, digo e faço,
No cantinho sertanejo,
Uma lagartixa, que é
Réptil muito arisco,
Deixara sim eu coçar
A cabeça. Então, fico
Agora muito atônito
E repleto de alegria.
Ora, onde eu estiver,
Ao lado de D. Maria,
Claro, D. Maria José,
Até o Diabo nos vigia,
Mas esperando falha,
Pra tirar esta Alegria...
Ora, os animais amam
Fazer parte da história
De homem que reza
Ou seguramente ora.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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