Quando já adolescente,
Trabalhava numa roça.
Lidava feliz e contente
Plantando a mandioca.
Às vezes até chovendo
Ou o sol muito quente.
Com a fé ia vencendo,
Hoje, já vive contente.
Realmente saiu da roça
E carrega uma saudade.
Já não planta mandioca,
Mas vive essa realidade.
Porque na terra minha
Ainda existe plantação
E tem a casa de farinha
Com grande satisfação.
O labor é muito pesado,
A colheita de mandioca.
Porém, é bem animado,
Portanto, mãos grossas
Que faz se recordar bem,
A época em que limpava
Esse mandiocal também
Com gente bem animada,
Quando mexia a farinha,
Assistindo a mulherada
Contando as historinhas,
Enquanto elas raspavam
O montão de mandioca.
Acha uma grande alegria
Para as pessoas da roça
Que trabalham todo dia.
Esta lembrança que traz
A saudade daquela vida.
Agora, não é mais capaz
De enfrentar a velha lida.
Obviamente ainda sente
Vontade e muito desejo
De jamais ficar ausente
Dum trabalho sertanejo.
Ainda quer passar feliz
Pela roça de mandioca,
A lida do povo da roça
Por meio duma escrita
E também de fotografia
Que acha muito bonita
E tão repleta de alegria.
Mário Querino – Poeta de Deus
Nenhum comentário:
Postar um comentário