Por gastar os cadernos.
Agora, fiquei evoluído
E saí desse vil inferno.
Comprei uma Máquina
Pra escrever as poesias,
Logo depois ela já acha
Razão pra tirar a alegria.
Passava a vida falando
Do gasto com o sulfite.
Pois, vivia comprando,
Isso jamais ela permite.
E depois de um tempo
Tudo agora já mudou,
Controlei o orçamento,
Adquiri o Computador.
Quando a mulher viu
Porém, ela descobriu
E bota isso na cabeça:
“Isto não vai dar certo,
Ficando aí noite e dia.
Vai aumentar o débito
Na conta de energia.”
Meu Deus, o que faço
Pra ouvir esta mulher?
Cada dia que eu passo
Ela inventa o que quer.
Eu preciso falar pra ela
Que jamais será assim,
Nem é só do jeito dela,
O que faço achar ruim.
E uns dois anos depois
Poeta - Mário Querino |
Tudo isso já melhorou.
Houve acordo dos dois,
O Computador gostou.
Então surgiu a Internet
Para tudo me facilitar.
Porém, não se esquece,
Ela vive pra murmurar.
Ela não tem o que dizer,
Comenta com as amigas
Que vivo para escrever
E deixo-a tão esquecida.
Não sei se tenho razão
Ou se dou razão pra ela.
Sei falar que a televisão
É sintonizada na novela.
É sintonizada na novela.
Mário Querino – Poeta de Deus
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