O LAVRADOR

Pesquisada no Google

Sou um bom lavrador,

Mas não tenho valor

Porque moro na roça.

Mas os versos meus

Inspirados por Deus,

Saem da mão grossa.

Às vezes fico cansado,

De usar um machado

E enxada o dia inteiro,

Tenho prazer e alegria,

Redijo minhas poesias,

Mesmo sem o dinheiro.

Levanto-me cedinho

E sigo o meu caminho

Para então, trabalhar.

Eu agradeço a Jesus,

Que força me conduz

Pra este sol enfrentar.

Planto boa mandioca,

Tem farinha e tapioca

Pra essa gente comer.

Esta é uma realidade

E a minha felicidade

Para melhor eu viver.

Trabalho com prazer,

Meio dia vou acender

O fogo com precisão.

Ao acabar de almoçar

Vou então me deitar

Ali mesmo no chão.

O que faço neste dia

Com prazer e alegria,

Agradeço ao Senhor.

Que me dá disposição

Para lutar pelo pão

Com carinho e amor.

À noite fico na cama

Abraço quem me ama

Pensando na vida:

O pobre é um sofredor,

Porém, confia no amor

De sua esposa querida!

Diálogo a noite inteira

Com esta companheira

Que eu então, adquiri:

Realizei mais um labor,

Já falamos sobre amor,

Agora, vamos dormir.

Na verdade meu patrão

É um homem do sertão

Que me ajuda todo dia.

Ele não tem preconceito,

Mas tem muito respeito

Para com os bóias-frias.

Ao amanhecer outro dia,

Escrevo mais uma poesia

E mostro à Maria José,

Que ler com muito amor

E agradece ao Senhor,

Jesus Cristo de Nazaré.

Tomo o café da manhã,

Recebo um beijo da fã

E vou à roça trabalhar.

Oro pelos meus filhinhos,

Vou capinar os espinhos

E sem de nada reclamar.

Esta realidade é a vida

Do varão que muito lida

Aqui em nosso sertão.

Eu faço tudo com amor

E mando para o Doutor

Excelente vinho e o pão.

E se tem algum lavrador

Que na vida já reclamou,

Não é um fã da Natureza.

Pensa que a pessoa feliz

É viver na Capital do país

Usufruindo sua riqueza.

Ser feliz é morar na roça

Apesar das mãos grossas

Ter de tudo natural.

Não come nada congelado

Nem tampouco apressado

Assim como numa Capital.

Mário Querino – Poeta de Deus