Poeta - Mário Querino |
Um dia estava desanimado
Com preguiça até de viver.
Quando contemplei de lado
A Morte disse: “Quero você.
Você sabe que eu sou cruel,
Não sou de perdoar ninguém.
Seja ilícito ou mesmo fiel,
Você me atrai muito bem.”
Então eu disse bem assim:
Entre seis bilhões de pessoas,
Você se agradou de mim,
Com tanta gente ilustre e boa?
A Morte replicou com razão:
“Você não quer fazer nada.
Eu adoro vê num caixão
Pessoas assim desanimadas.”
Mas como eu sou inteligente
E presto muito bem atenção,
Dei um pulo e gritei contente:
Não me deixe aqui pobretão,
Neste mundo tão enredado.
Leva-me contigo amiga Morte,
Para eu não viver amargurado
Neste mundo lúgubre sem sorte!
Então a Morte disse assim:
“Não vou levar você, ó esperto,
Continue lutando até ao fim,
Não quero estar nem perto.”
A Morte me repeliu e foi embora,
Deixando-me bem mais sabido.
Por isso eu não perco hora
E sempre vivendo mais ativo.
Mário Querino – Poeta de Deus
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