Poeta - Mário Querino |
Eu sou do sertão
E tenho felicidade,
Só deixo meu pé de serra
Quando tenho necessidade.
Chamam-me de caipira
Porque não sou urbanizado,
E só vou à cidade
Quando sou obrigado.
Os metropolitanos acham
Que minha vida é dura,
Porque não tenho saber
Nem vivo a sua cultura.
Mas aprendo com a Natureza,
Aqui eu sou um Doutor,
O metropolitano é tabaréu,
Assim como na cidade sou.
Não tenho inveja da cidade,
Construída com cimento e asfalto,
Sou muito feliz no campo,
Onde cuido dos animais no mato.
Eu sou um matuto
E receio ir à cidade,
Só deixo meu pé de serra
Quando tenho necessidade.
Aqui eu contemplo a lua,
O sol e o arco-íris no céu,
E só quem vê esta beleza
É realmente o tabaréu.
Lido com a terra,
Com a água e com o fogo,
Tenho um viver feliz
Repleto de paz, amor e gozo.
Chamam-me de caipira,
Sem saberem o meu valor,
Se não fossem minhas mãos,
Morreria de fome o Doutor.
Eu me sinto muito feliz
Porque derramo o meu suor,
Se o Doutor tem o que é bom,
Eu desfruto do melhor.
Mário Querino – Poeta de Deus
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