sábado, 21 de maio de 2011

A VIDA TEM COMEÇO E FIM

Poeta - Mário Querino



























APRESENTAÇÃO
       
         Ao pensar em redigir este livro, não quis fazer um trabalho que viesse traumatizar alguns leitores. Apenas quero levar uma realidade para o coração daquele que ainda tem receio da morte e dúvida do que pode acontecer além dela. O homem não morre segundo Jesus Cristo, a morte faz parte da vida é apenas um processo de purificação para aqueles que acreditam numa Ressurreição.

           Quero também convidar aos parentes e amigos para participarem dum grande velório que acontecerá quando eu morrer, aliás, quando eu voltar para Deus. Não fique de fora, você é um convidado especial, se alegre, não venha triste, pois esta palavra “tristeza” não combina com Jesus Cristo e nem considero como uma palavra inteligente e sabida, porém, acho muito opressora. Portanto, se regozije com o meu encontro com o Rei Jesus. Um abraço e os agradecimentos do Poeta de Deus.


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Recordei o passado e vi
O valor que tem uma vida.
Analisei os dias que vivi
Aqui nesta Terra querida.

Foi bom todo esse tempo?
Sem dúvida nenhuma foi.
Passei difíceis momentos,
Mas veio a alegria depois.

Eu tenho do que reclamar
Ou ainda preciso refletir?
Não. Penso que tudo está
Como ao Senhor eu pedi.

Eu tive uma infância triste,
Mas não me traumatizou.
Apenas em mim só existe
Reconhecimento do amor

Que Jesus sempre me dá.
Fui excluído quando bebê,
Contudo, isso não afetará,
Porque ninguém podia ver

A situação que eu passava.
Realmente era desnutrido,
E a minha mãe já achava
A minha vida sem sentido.

Eu era bastante cabeçudo,
As veias da cabeça à vista,
Era um bebê triste, mudo
E sem a aparência bonita.

Por essa razão a mãe quis
Sempre esconder seu filho,
Que não esperava ser feliz
E ter em sua vida o brilho

Que o mundo contempla.
Quando eu criança passei
Por uma perigosa doença,
Não sei como eu escapei.

Os mais velhos contavam
Que, a criança inchando
Em cruz, jamais escapava.
Eu já estou com 49 anos
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Repleto de vida e alegria.
Aos 7 anos de idade eu fui
Buscar uma boa sabedoria
A qual na minha vida influi

Nesta Arte de fazer versos.
Minha mãe foi uma Mestra
Que me ensinou o Alfabeto
Para que hoje seja o Poeta

Que Jesus Cristo inspira
Com prazer e muita alegria.
Embora, sendo um caipira,
Faz excepcionais poesias.

Assim eu fui crescendo...
E estudando numa escola
Sempre na vida querendo
O que estou vendo agora.

Aos quatorze anos de vida
Eu concluí o curso primário,
Minha ex-professora Hilda,
Confiou no menino Mário

E induziu tanto ao meu pai
Para me tirar de Bananeiras.
Daí meu pai disse: “Ele vai
E passará a semana inteira

Estudando em sua cidade.”
Graças ao Senhor Jesus,
Eu contemplei a felicidade,
Encontrei o caminho de luz

E aprendi a ler e a redigir.
Hoje, vivo repleto de paz,
Obviamente ainda não vi
Tudo, eu quero algo mais.

Quando concluí o ginásio,
Fiquei sem nenhuma opção
E pensei: agora me atraso,
Jesus tenha a compaixão,

Eu preciso seguir a frente,
Quero ser mais um formado,
Mostra que sou inteligente
E sabido em meu povoado.

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No mesmo ano apareceu
Um paulista, meu parente
E iludiu o coração meu
Dizendo que era inteligente.

Então me levou à S. Paulo,
Para trabalhar e estudar.
Agora, com alegria eu falo
Que valeu a pena eu deixar

O meu cantinho sertanejo,
Porém, perdi muito tempo,
Pasmou os meus desejos
E trouxe muito sofrimento.

Chegando em S. Paulo, fiz
Uma análise da minha vida,
Tornei-me um jovem infeliz
Sem o pai e a mãe querida.

Trabalhei em construção,
Subindo concreto em lata,
Empurrando carro de mão
Cheio de barro ou massa.

Às vezes cavava valetas,
Ou carregava madeiras,
Lidava com pá ou picareta
E saudades de Bananeiras.

Além de tudo isso irmãos,
Passava um frio danado,
Uma dor no meu coração
Sem roupa e sem calçado,

Sem grana para merendar,
Sem amigo para me receber
E sendo obrigado me virar
Sem de nada conhecer.

Passei quase 2 anos por lá
E nada construí na vida.
Não tive privilégio de estudar,
Minha vontade foi traída.

Depois disso tudo eu fiquei
Iludido em outras religiões,
Obviamente eu me acabei
No transtorno de confusões.

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Voltei ao Estado da Bahia,
Com o preconceito de fraco
E com as mãos mais vazias,
De minha mãe tive abraços

E o olhar alegre de meu pai.
Eu li os seus olhos e percebi
Que a felicidade era de mais,
Porque sabia o quanto sofri

Quando estava em S. Paulo
Em busca de uma sabedoria.
Todavia, disso nada eu falo,
Pois vivo com muita alegria.

Matriculei-me e meu pai viu
Que daria certo os estudos,
Uma parenta me induziu
E acabei desistindo de tudo.

Então fui trabalhar na roça,
Mas não era o que eu queria.
Eu vendo as mãos grossas
E a distância da sabedoria

Desesperei-me e então fugi
Para o Estado de S. Paulo.
Quando do ônibus eu desci
Com as polícias me deparo.

Como eu era transtornado
E repleto de tantas ilusões,
Comecei a falar apressado
E ganhei vários bofetões.

Puseram-me numa viatura
E quando chegaram lá,
Deram-me a terrível surra
Que têm costume de dar.

Depois de tudo isso irmãos,
Abriram as seguras grades
E me puseram na prisão,
Acabou a minha liberdade.

Mas como Jesus é comigo,
Comecei a louvar bem alto
E todos ficaram condoídos,
O chefe disse: “O que faço?”

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Não demorou muito tempo,
Tiraram-me daquela prisão,
Levaram-me com sentimento
Para aplicarem uma injeção.

Daí eu fiquei perambulando
Nas ruas da grande S. Paulo,
Ninguém estava me olhando,
Assim penso e também falo.

No dia seguinte me deparei
Na casa de um conterrâneo,
Então, simplesmente entrei,
Pois era de fato um baiano.

Mandaram-me tomar banho,
Deram-me roupa e calçado,
Obviamente tudo eu ganho
E fiquei realmente guardado.

Conduziram-me ao Hospital
E cuidaram bem de mim.
Tive um tratamento especial
Como eu nunca vi tão assim.

Depois duns 6 meses voltei
Para o meu bom povoado.
Em outro colégio eu tentei
Concluir o curso almejado.

No meado do ano letivo,
Fiquei muito traumatizado,
A paixão tirou-me o sentido,
Num Hospício fui internado.

2 anos após achei o amor
Que eu mais na vida queria.
Então casei e tudo mudou,
Graças a Deus e a Maria.

Estou vivendo feliz agora,
Tenho dois lindos filhinhos,
Uma excepcional nora
E obviamente um netinho.

Jesus tem me abençoado
De uma forma especial,
Por isso estou apaixonado
E com certeza acho normal

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Tudo isso que eu já passei
Ou ainda passarei na vida.
O bom é que eu esperarei
Uma eternidade prometida.

E enquanto ela na vem,
Vou trabalhando na Terra.
Procurando fazer só o bem
E condenando as guerras.

Mesmo que eu viva cem,
1 mil, 1 milhão ou 1 bilhão
De anos, meu coração tem
Uma plena convicção

Que realmente eu morrerei,
Aliás, não morrerei, eu vou
Encontrar-me com o Rei,
Jesus Cristo nosso Senhor.

Um dia alguém me indagou:
“Você tem medo de morrer?”
Por que assim perguntou,
Se também morrerá você?

Amigo, o grão só tem vida
Se realmente ele morrer.
A pessoa tornando-se amiga
De Jesus, jamais vai temer.

Para te falar francamente,
Quando Deus nos convida,
Não tem Doutor inteligente
Que possa prolongar a vida,

Até o próprio Doutor vai.
Seja para uma eternidade
Ou para uma morte capaz
De levar-lhe à infelicidade.

Embora, sabendo disso,
A pessoa não se prepara
Para o encontro com Cristo,
Acha utopia o que se fala.

Não adianta eu ter receio
Da morte ou de algo mais,
Porque na verdade, creio
Nas determinações do Pai.

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Não acho que é novidade
Uma pessoa voltar ao pó,
Principalmente com a idade
Que tenho eu, ou melhor,

Muito mais velha do que eu.
Isso eu encaro naturalmente,
Não teme o coração meu,
Delito ou uma forma diferente,

Voltarei ao pó meu irmão.
Certamente algo bom eu fiz
E acredito numa salvação,
A qual Jesus sempre prediz.

Eu tenho a visão do além,
Contemplo tudo mais bonito
E vejo que a morte faz bem
Para ressuscitar em Cristo.

Falo que o morrer faz parte
Da vida de quem já nasceu,
Quem achar ruim que ache,
Mas voltaremos para Deus.

Os bons terão um descanso
E os maus terão o tormento.
Por isso eu não me canso
De controlar o pensamento.

Eu sei que o Céu é lindo
E por nada eu vou trocar.
Mas só viverei usufruindo
Quando Deus me chamar.

Não importa a forma de ir
Nem tampouco o tempo.
Se ainda eu estou aqui,
É para dar um exemplo

Aos meus filhos e netos.
E posso dizer também:
Quem sabe aos bisnetos
Quem futuramente vêm.

Não estou tão apressado
Para ser elevado ao Céu.
Porque o meu povoado
Necessita do meu papel.

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Tenho várias profissões,
Mas em nada dediquei.
Não me ligo em funções
E por nada me apaixonei.

Eu fui um bom lavrador
E trabalhei de vaqueiro,
Faço papel de encanador
E também de pedreiro.

Eu comecei a esculpir
E também a desenhar,
Fui goleiro, mas desisti
E gosto muito de pintar.

Eu lidei como armador,
Fui um bom telefonista,
Cheguei a ser professor,
Pensei em ser dentista.

Fiz labor de carpinteiro,
Fui auxiliar de protético,
Eu fui um bom tropeiro
E trabalhei com objetos.

Eu aprendi informática,
Fui também pesqueiro,
Escrevo com máquina
E fiz obra de jardineiro.

Gosto de ser pregador
Do Evangelho de Jesus,
Sou também compositor,
Porém o que mais induz

O meu pobre coração
É a Arte de fazer verso.
Gosto de lidar no portão
Do Colégio M. Telésforo.

Eu vivo aperfeiçoando
A profissão de poeta.
Quero viver sonhando
Como um bom profeta.

Este é um dos motivos
Para Deus me conservar
Ao lado de meus amigos
Que gostam de escutar

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Uma poesia fundamental.
Realmente este é o papel
De um poeta sentimental
Que fala sobre o lindo Céu.

Um bom amigo quis saber
Se eu temo uma velhice.
O que eu posso responder,
Que esse medo não existe.

E dizer para o meu amigo
Com alegria e veemência,
Que seria grande castigo
Eu querer a adolescência.

Posso fazer tudo na vida,
Menos voltar esse tempo.
Velhice deve ser recebida
Pela situação do momento.

Somente tem uma maneira
Para não ficar velho o povo,
Sempre falo em Bananeiras:
Rejeita o velho, morra novo.

Quem for bem agraciado
E ter uma virtude no Céu,
Vai ver o tempo passado
E o que possuía foi ao léu.

A Terra tem muito sentido
Para um Poeta de Deus.
Todos me veem excluído,
Porém, este é o jeito meu.

Eu analiso o que faz bem
E separo do que faz mal.
Meu intelecto sempre tem
Discernimento excepcional.

Se algo vem reduzir a vida
Para mim não tem valor.
Cigarro, drogas e bebidas,
Comidas e olhar sedutor,

Não vão me influenciar.
Pois creio num só amor,
No que pode alimentar
E no que me dará vigor.

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Uma pessoa me interrogou:
“Deste seu modo de viver,
Sei que o povo já criticou.
Nunca pensou em querer

Um tipo de vida diferente?”
Como sou Poeta de Deus,
E me acho um inteligente,
Seria besta o coração meu

Se aceitasse a prostituição,
Um vício que leve á morte,
O fim duma consideração
Da moral, da paz, da sorte,

Do caráter, da felicidade,
Do procedimento, do vigor,
Do bem, da prosperidade,
Da vida e também do amor.

Deus tem dado virtudes
Para os seus escolhidos.
Por isso tome uma atitude,
Tenha Jesus como amigo.

É óbvio, você se tornará
Uma pessoa muito feliz.
E com certeza você fará
As coisas boas que já fiz.

Você não terá mais receio
Duma velhice e da morte.
Você será um dos meios
De propalar a boa sorte.

Redigi este livro pensando
No final da minha vida,
Será que está demorando
Ou terei mais anos de lida?

Espero que nesse bom dia
Não seja um velório triste.
Que a minha última poesia
Gravada no coração fique.

Que as músicas que gosto
Sejam tocadas no velório.
O labor feito com esforços
Seja sempre algo notório.

Mário Querino – Poeta de Deus

Foto pesquisada no Google

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