A minha esposa está
Muito impressionada,
Porque quer prender
Um rato, e está irada
Pois o rato é esperto.
Ela faz de tudo pra ver
O rato preso no papel
Por meio de um poder
Que tem uma boa cola
Como se fosse visgo.
Ela em todo lugar bota
Pra pegar o rato amigo.
A minha esposa busca
Sempre um bom ideal,
Ela é muito inteligente,
E quer pegar o animal.
Pegou bolacha e botou
No meio do papel
Onde é reunida a cola,
Mas o meu amigo fiel
Não é petulante não,
Usa a boa estratégia,
Analisa tudo direitinho,
Depois entra e pega
A sua bolacha gostosa.
A minha esposa botou
No papel com cola,
Mas o rato feliz pegou.
Quando minha esposa
Viu o papel sem o rato,
Sem nenhuma bolacha
E no mesmo espaço,
Ficou muito nervosa
Dizendo: “Eu sou besta
Pra rato me enganar?
Um dia piso na cabeça!”
Claro, o rato ali ouvindo
Tudo isso no seu lugar,
Certamente debaixo
De seu importante sofá.
Quando a minha esposa
Abriu aquela porta
E foi para o banheiro,
E eu virei as costas,
O rato correu do sofá
Numa rapidez doida.
Obviamente com medo
De ser visto pela esposa
Do inesquecível amigo.
Alguém pode indagar:
“E você avisou pra ela,
Que o rato fica no sofá?”
O que devo responder?
Não há nenhum motivo
De ser corré da morte
Do animalzinho amigo.
Porque ele não me faz
Medo, não causa dano,
Não mexe em nada
Neste cantinho baiano.
O rato é meu amigo
Se a minha esposa tem
Ódio é problema dela,
Se o rato sempre vem
A casa dela é porque
Sou o seu bom amigo,
E ele vem me visitar.
Como o rato é sabido,
Sem dúvida, ele soube
Pisar no papel com cola,
Para não ficar preso,
Tirou a bolacha da hora
E se escondeu no sofá.
Daí ficou bem quietinho
Até o dia amanhecer,
Depois fugiu caladinho.
Alguém pode indagar:
“Por que não bota
Veneno nessa bolacha?”
Qual a minha resposta?
Claro, a minha esposa
Não é besta não,
Para pôr algum veneno
Na bolacha ou no pão,
Para esse rato comer.
Ela sabe muito bem,
Se o rato morrer e outro
Bicho tragar, também
Morrerá. Se uma criança
Tragar a bolacha ou o pão
Envenenado, morrerá
E ela vai parar na prisão.
E lá se lembrará do rato,
Claro, um animal nocivo
Que chegava à casa dela,
A fim de visitar o amigo.
Mário Querino – Poeta de
Deus
Poeta Mário Querino 23/11/2018 |
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