Olhando para o Distrito,
Já vejo grande diferença,
Não acho que seja lícito
Essa grande ausência
De nosso povo nas ruas.
Não era assim tão triste,
Até na bela noite de lua,
Percebo que não existe
A quantidade de gente
Circulando pela praça.
Eu já analiso diferente,
O povo já perde a graça.
Ainda não sei o motivo,
Mas Jesus Cristo sabe.
Agora, só penso comigo
Porque o teor não cabe
Eu me intrometer não.
Com o tempo vou saber
Qual problema e razão
Deste povo não querer
Ir à praça do Distrito,
E movimentar as ruas.
Espero que Jesus Cristo
Tenha piedade da sua
Tristeza, pois não é lícito
O povo de Bananeiras
Ficar triste. Eu vejo isso,
Mas ficou a vida inteira
Tranquilo e esperando
Ser manifestado sim,
Isso no cantinho baiano
Que traz algo tão ruim.
Porque já tenho 56 anos
Que eu vivo neste lugar,
Sempre feliz e brincando,
Agora, vejo tudo parar.
Até as crianças estão
Sem vontade de sair
Para alegrar o sertão,
Terrinha onde eu nasci
E vivo alegre até agora.
Porém, vejo que tudo já
Está realmente, fora
Da realidade deste lugar.
Mário Querino – Poeta de Deus
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