Poeta Mário Querino 14/11/2018 |
Numa empresa havia
Um mestre egoísta,
E tudo queria fazer só,
E se achava idealista.
Um certo dia o patrão
Foi solicitado algo,
Ou melhor dizendo,
De um cliente licitado.
Daí então o patrão
Exigiu o metre a fazer
Com precisão e bom,
Para então atender
Ao seu especial cliente.
O mestre não precisava
De artistas (como dizia),
Usou gente incapacitada
Para fazer a encomenda.
Como o objeto seria feito
Dentro de lugar fechado,
O mestre com o seu jeito
Ordenou aos servidores
A porem as mãos na obra.
Como o ambiente tinha
Uma porta, teria normas
Na medição desse objeto,
Para poder então passar...
Como não eram artistas,
Fizeram sem observar
Que o objeto iria ter que,
Pela porta passar sim.
Quando o patrão chegou
E viu, achou tudo ruim.
Então chamou o mestre
Para mandar tirar a peça
Desse ambiente fechado,
E o cliente tinha pressa.
Quando o mestre chegou
E viu que não tinha jeito
De tirar o objeto dali,
Ficou muito insatisfeito
Para com os servidores
Que não tinham culpa,
Pois não eram artistas.
O patrão disse: “Escuta,
Ó mestre, o que falarei:
Na empresa não há não,
Nenhum artista capaz
De fazer essa medição?
Fulano é um bom artista,
Por que não confiaste
Na sua capacidade?
Ciúmas de seu destaque?
Agora, precisarás da ideia
Do artista fulano de tal
Para tirar esta peça daqui.”
Daí o artista tirou o portal
Passou o objeto e depois
Colocou o portal de novo,
Sem afetar a encomenda
Que faria o cliente ditoso.
Daí em diante o mestre
Reconheceu que precisa
Dos artistas, ainda sem
Querer tê-los na sua lida.
Mário Querino – Poeta de Deus
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