Poeta Mário Querino 03/11/2018 |
Como eu doei o celular
Para D. Maria José,
Precisei então comprar
Sim, um relógio que é
Necessário para mim,
Porque marco tempo
No meu setor até o fim,
Para ficar por dentro
Dos horários de aulas.
Então, um amigo falou:
“Esse relógio é coisa rara,
Deve ser de alto valor.
Quanto pagaste nele?
Eu gostei muito, é lindo,
Quer me vender ele?”
Me perguntou sorrindo.
Daí respondi com saber:
Apenas paguei R$ 15,00,
E não pretendo vender,
Vá à loja, pois tem mais.
O amigo tirou uma sim,
Da minha cara achando
Que iria bem até o fim,
Mais corda eu fui dando.
Então ele indagou assim:
“Tu usas relógio barato?
Compras um a mim?
Tenho bom e lindo, acho
Que vais se sentir bem,
Mais charmoso com ele.”
Ora, perguntei também,
Há hora diferente nele?
Quanto custou esse seu?
O amigo cheio de prazer
Prontamente respondeu:
“Com alegria vou te dizer
Que, este relógio custou
R$ 500,00, mas é bom,
Vale a pena dá este valor,
Ele tem brilho e um som
Que me esperta na hora
Que quiser, é caro, porém,
É um relógio que demora
Dar problema, e também
Deixa a gente elegante.”
Daí perguntei: Que hora
São agora? Num instante
O amigo se desenrola
E diz: “18h16m.” indaguei:
Não marca os segundos?
O amigo respondeu: “Já sei,
Mas carece olhar profundo.”
Eu lhe falei com precisão:
Pois este marca tudo sim,
Explicado e há um clarão,
Eu vejo tintim por tintim.
O amigo indagou: “Entra
Água nele? Fizeste o teste?
Se ainda não, agora tenta,
E ver se R$ 15,00 merece.”
Respondi: Se eu quisesse
Objeto pra teste de água,
Seria cabaça, ora, esquece
Dessa conversa furada...
Mário Querino – Poeta de Deus
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