Poeta Mário Querino 30/11/2018 |
Breve estaremos de férias
E passamos a viver
Com mais preocupações
E com mais gasto sem ter
Retorno para nosso Bolso.
Sempre vamos se deparar
Com as coisas supérfluas,
E tudo almejar comprar,
Que esquecemos o limite.
Aparecerá tantos meios
De gastarmos o dinheiro,
Que na minha visão creio
Que, ao findar das férias,
Vamos nos arrepender,
Porque além do costume,
O gasto sem nada fazer.
Daí então tudo iniciará
Como se tudo fosse novo.
De fato, vamos perceber
Que esse desejo ansioso
Não nos adiantou nada.
Nosso tempo passou sim,
Sem nada produzirmos,
E gatamos tudo até o fim
Com coisas supérfluas.
Hoje, eu já penso assim:
Férias pode ser período
Bom, mas não para mim.
Quando me aparece sim,
Um inventado feriado,
O meu intelecto já fica
Sem graça e amofinado.
Contudo, como tenho
Também direito a isso,
Eu receberei numa boa,
Mas farei algo no Distrito.
Porque um minuto meu
Parado é uma ultravida.
Por isso eu vou fazer
Alguma coisa nessa vida.
Claro, recebemos grana
E gastamos até à-toa,
E quando voltarmos sim,
Achamos que foi boa
As nossas férias lícitas,
Meneamos a cabeça
E comentamos assim:
“Por incrível que pareça,
Trabalhando seria bem
Melhor as nossas vidas.
Gastamos tudo à-toa
E voltamos agora à lida
Sem mais boa vontade
De enfrentarmos o ano,
Gastamos nosso recurso,
E sem grana já ralando
Até chegar o pagamento.
E quando nos chegar,
Pagaremos tantas coisas
Supérfluas que acabará
O nosso novo salário sim.”
Então terei umas férias,
Mas irei fazer algo mais
Que me mostre matérias
Para eu então descrever.
Férias pode ser até legal,
Porém, francamente,
Não vejo assim especial.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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