Poeta Mário Querino 07/06/2018 |
Eu estava em algum lugar,
Por ali passavam amigos,
E cristãos pra lá e para cá,
E ninguém falava comigo.
Num lugar alheio me achei,
Mas via muitos conhecidos.
Daí então, eu me perguntei:
Por que não falam comigo?
É por que eu estou assim,
Inteiramente desalinhado?
O que tem a ver, se é ruim
A roupa que tenho usado?
Fazer uma experiência vou,
Vou me meter dentro
Dum terno preto, pôr olor
E ficar sorridente o tempo
Inteiro no mesmo lugar.
Então eu cheguei em casa
Pedi para D. Maria José
O meu terno que estava
Preso num guarda-roupa,
Pendurado num cabide,
Contudo, com pouca
Serventia e sem ser livre
Pra se exibir entre o povo.
Ao pedir a D. Maria José
O meu terno bom e novo,
Ela indagou: “Pra que quer?
Para onde já estar indo
Uma hora desta,
Ó esposo Mário Querino,
Ó meu admirável Poeta?
Então lhe expliquei sim,
Que iria fazer experiência
Para tirar algo de mim,
Julgo que a mente pensa
E faz entre o nosso povo,
Povo amigo neste lugar,
Mas lá fora não há gozo
De comigo se expressar.
Então fiz a experiência
Que veio ao intelecto.
Fiquei com a consciência
Limpa, acho isso certo.
A gente vive de aparência,
E não pelo o que a gente é.
Daí relatei a experiência
Já cônscio à D. Mário
José.
Então ela me perguntou:
“Tu estás sabendo agora,
Ó meu grande amor?
Eu disse: Sim, ó senhora...
Ouvia o povo falar nisso,
Na pele não tinha sentido.
Já vejo que Jesus Cristo
Muitas vezes foi excluído.
Quando estava dialogando
Com a senhora Maria José,
Alguém foi chegando
Em casa com muita fé
E tocou a campainha.
Num susto me acordei
Ao lado da esposa minha
E falei: Vê o que sonhei!
Mário Querino – Poeta de Deus
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