Poeta Mário Querino 24/06/2018 |
Veio-me uma boa ideia
Para comprar carro sim,
Mas orei e vigiei bem,
E achei o negócio ruim.
Já estudei Matemática,
Não sou um elevado,
Mas dá para eu fazer
O cálculo adequando
Do negócio almejado
Neste dia que eu vivo.
Somei e multipliquei,
Diminui e já dividido
Tudo tintim por tintim,
E tirei uma conclusão
Que, eu gasto menos
Pagando a condução.
Pois bem, se eu fizer
Uma viagem todo dia
Para a cidade mais
Longe, terei a alegria
De gastar 3.650 reais
Por ano, neste Distrito.
Mas eu tendo o carro,
Eu indo ao lugar dito,
Gastarei 17.155 reais
Também por ano,
Se a gasolina não tiver
Aumento. Já somando
Com mais ou menos
1.200 reais do IPVA,
Vou gastar por ano
18.355 reais. Deixar
O carro lá é melhor,
Não há necessidade.
E me restará por ano
14.705 reais. Verdade,
O carro será só status
Para o povo me ver
E falar que eu sou rico.
Vivo pra me aparecer?
Se é assim, comprarei
Um carro no valor sim,
De 14.705 reais, porei
Na garagem só a fim
De me aparecer aqui
No planta Terra,
E o povo me apreciar
No amado pé de serra.
Se caso, meu valor for
Baseado num carro,
Gastarei só 3.650 reais.
Este cálculo é algo raro,
Somente um idealista
É capaz de fazer.
Então é melhor pagar
Passagem do que ter
Um carro na garagem,
Só pra ter status sim,
E obrigar o povo falar
Que Deus deu pra mim...
Mas quero que o povo
Me ame como eu sou,
Pobre, sem carro e sim,
Um servo do Senhor.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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