Poeta Mário Querino 27/12/2018 |
Desculpe-me a ignorância
Ou ainda a minha borrice.
Mas fazendo observância,
Nesse disse e me disse,
Hoje pude então perceber
Que falar faz muito efeito,
Mas na prática quero ver
Quem já está agora sujeito
Encarar tudo que ensina.
Pois ouvi um “Pregador”
Explicando coisas lindas
Preparadas pelo Senhor,
E quem crê será herdeiro.
Mas eu parei para refletir
Este teor o tempo inteiro,
Até que agora eu descobri
Que falar ou gritar é sim,
A coisa mais fácil na Terra.
Difícil é encarar até o fim
Os montes e ainda serras
Que somos obrigados sim,
Subir e descer caladinhos.
Difícil é se calar com o fim
Da mamãe e do paizinho,
Duma irmã e dum irmão.
Difícil é saber que a Morte
Está ao lado dando a mão,
Para levar a outro Norte.
Como eu ousar ir à praça
Falar da beleza e riqueza
Do Céu e não tenho graça
Quando com delicadeza
A Morte vem buscar sim,
Alguém para no Céu viver
E fruir de tudo sem fim?
Difícil é alguém morrer
De boa vontade para ter
Parte dessa boa herança.
Então já pude perceber
Que não existe confiança
Na palavra de “Pregador”
Como vou ter convicção
Que, só tem paz, amor,
E harmonia entre irmãos
Numa Dimensão florida,
Onde a água é cristalina,
Onde para sempre a vida
Só tem a glória Divina,
E tenho medo de ir morar
Nessa Dimensão que cito?
Será que não viso ganhar
Vida boa aqui no Distrito?
Este comentário poético
Pode faltar a sabedoria,
A inteligência e o sucesso,
Mas aqui há mais regalia.
Pregador não teria medo
Se tivesse a convicção
Como é o Céu. O segredo
Quem lhe prende no Chão.
Penso que tem algo errado
Nessa história das igrejas.
Quem deixaria de lado
A herança que mais deseja?
Só os bestas que têm algo
Sem ter certeza que é seu.
Então vamos ter cuidado,
Quando o assunto é Deus.
Mário Querino – Poeta de Deus
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