Poeta Mário Querino 17/12/2018 |
Hoje, estive analisando
O processo desta vida,
E descobri muito bem
A realidade desta lida.
Porque eu já fui jovem
E acompanhei o atalho,
Vi que também era sim,
Sem nenhum trabalho.
Só pensava em estudar,
Meu pai quem fornecia
Tudo que eu precisava,
E nada bancar eu queria
Quando tinha bom vigor.
Mas o tempo passando
E eu ficando assim velho,
Já para nada prestando,
Quero mudar o mundo,
Quero controlar os filhos
E conduzir o meu neto
Pelo meu careta trilho.
Então percebi que a vida
Nos traz outro sentido,
Quando eu podia fazer
Me envolvi com amigos
Fazendo besteira por aí.
Não tão fora do normal,
No Distrito de Bananeiras,
Meu cantinho especial.
Agora, que já não presto
Para encarar este tempo,
Quero mudar a índole
Dos filhos e neto, e penso
Mudar ideias de amigos,
Conterrâneos e do povo,
Para ver todos na Terra
Com o meu ideal novo,
Ainda eu sendo já velho.
Quando eu era novo,
Ora, não quis fazer nada,
Só curtia entre este povo.
Agora, quero ver todos
Bonzinhos e com a vida
De santos. Mas por quê
Só agora quero esta lida?
Certamente por descobri
Que eu não tenho mais
O mesmo vigor de jovem,
O tempo passa e me traz
Recordações do passado.
Como eu não posso mais
Fruir dessa vida jovem,
Já quero impedir rapaz,
Moça e ainda as crianças
Usufruírem do melhor
Que o Sistema já oferece.
Se fosse antes, seria pior
A minha vida de jovem.
Como fruir eu não posso,
Quero ver todos santos,
Não vendo, me revolto.
Mário Querino – Poeta de Deus
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